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AGRICULTURA FAMILIAR 5m de leitura

Centenário do Sul recebe neste sábado a 1ª Festa da Soja Livre

Organizadores estimam a presença de 5 mil pessoas durante o evento

ATUALIZAÇÃO
24 de fevereiro de 2023

Pamela Destacio
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Imagem ilustrativa da imagem Centenário do Sul recebe neste sábado a 1ª Festa da Soja Livre

A 1ª Festa da Colheita da Soja Livre de Transgênico acontece neste sábado (25) em Centenário do Sul, região norte do estado. O evento, organizado pela Reforma Agrária Popular do Paraná, será realizada nas terras da comunidade Fidel Castro, formada por cerca de 220 famílias assentadas há 14 anos.

A programação terá início às 9h, com a colheita às 10h e ato político às 12h.  Durante o evento está programado almoço gratuito para os participantes em colaboração com outros assentamentos e acampamentos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) da região.

A expectativa é de que compareçam mais de 5 mil pessoas, além dos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, e Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Entre outros confirmados para o ato, estão os representantes da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), de deputados federais e estaduais, incluindo a presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann. Prefeitos e autoridades estaduais e locais também estarão presentes.  

Nas comunidades Fidel Castro e Maria Lara, de Centenário do Sul, as lavouras ocupam 200 de 3 mil hectares
 

A Festa tem o intuito de mostrar o trabalho das famílias dos assentamentos na produção de soja livre de transgênicos. Diego Moreira, integrante do Setor Nacional de Produção do MST e assentado na comunidade Maria Lara, em Centenário do Sul, explica que o Movimento tem avançado na organização de cadeias de produção e agora expande também para a soja livre de transgênicos. A intenção é organizar a cadeia produtiva completa da soja, desde a produção de sementes, passando pela produção de grãos, até a posterior industrialização e comercialização. “Estamos também trabalhando na perspectiva de construir agroindústria, tanto para a produção de óleo, quanto para ração, para agregar valor, mas também para transformar a soja numa cadeia produtiva importante para a agricultura familiar, para os assentamentos da reforma agrária”, garante o dirigente. 

MST

Atualmente, os assentamentos e acampamentos do MST do Paraná se dedicam ao cultivo de diversos alimentos, como arroz, milho, leite, hortifrúti, cana-de-açúcar e erva-mate. A produção e a comercialização são organizadas por mais de 50 agroindústrias e 20 cooperativas da Reforma Agrária no estado. Nas comunidades Fidel Castro e Maria Lara, de Centenário do Sul, as lavouras ocupam 200 de 3 mil hectares. Com o trabalho coletivo, as comunidades aumentam a renda das famílias e fortalecem o desenvolvimento local e regional. 

 

O objetivo, além disso, é reduzir a degradação ambiental e da saúde humana: “Nós do MST com a responsabilidade que temos em enfrentar a fome, o desequilíbrio ambiental, a destruição da natureza, não poderíamos deixar de organizar essa importante cadeia produtiva. Essa é mais uma bandeira que estará firme nas mãos do MST, para que possamos organizar mais essa cadeia produtiva, somando com outras tantas que temos nas nossas áreas, para massificar a produção de alimentos, o abastecimento nacional, a soberania alimentar e matar a fome do povo”, completa Diego Moreira. 

Programação geral: 

9h - Abertura 

10h - Início da colheita da soja 

11h - Visita ao Centro de Produção de Alimentos Saudáveis Antonio Tavares 

12h - Ato político 

13h - Almoço comunitário gratuito 

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