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EXEMPLO NEGATIVO 5m de leitura

São Jerônimo busca alguém para apagar os recentes escândalos políticos

ATUALIZAÇÃO
07 de novembro de 2020

Vitor Ogawa - Grupo Folha
AUTOR

O município de São Jerônimo da Serra (Norte Pioneiro) tem vivido nos últimos anos uma série de escândalos políticos envolvendo dezenas de crimes, entre eles corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, organização criminosa, prática de "rachadinha" e adulteração na folha de pagamento para receber recursos indevidos na três últimas administrações, com cassações, prisões e afastamento de seus prefeitos. Diante da recorrência dos políticos de utilizar meios escusos para benefício próprio ou para pessoas de seu grupo, a reportagem da Folha ouviu três candidatos ao Executivo municipal para destacar suas ações para evitar esse tipo de atividade ilegal durante seus mandatos. 

 

O candidato Venicius Djalma Rosa, do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro),  diz que é preciso fazer “um choque de gestão”. “Vamos reorganizar o sistema contábil e fazer capacitação dos profissionais para sanar tudo isso. A pessoa que estiver à frente da prefeitura deve criar comissões de fiscalização e acompanhamento em todas as secretarias e as licitações devem ser transmitidas ao vivo, pela internet, para que toda a população possa acompanhar o que o município está fazendo”, apontou. Ele disse que pretende ainda alimentar o portal da transparência com os dados mais completos. 

Rosa afirmou também que o “controle social é uma coisa importantíssima nesse caso”. “Isso traz a população para perto de nossa gestão. É fazer com que os conselhos municipais de educação e de saúde sejam participativos. Coloquei no plano de governo que vamos fazer a Casa dos Conselhos, que vai ser uma estrutura para que os conselhos  tenham uma secretária, telefone e acesso à internet, para que eles se sintam valorizados”, apontou.

O candidato José Ademir Codonho, conhecido como Zé Polícia, é o candidato do PL (Partido Liberal). Ele afirmou que o combate à corrupção já começou na pré-campanha, já que só admitiu pessoas como aliadas em sua campanha se concordassem em não exigir qualquer acordo para isso. “Vou deixar bem claro que se o sujeito quiser negociar qualquer acordo não entrará pagamento a mais que não seja o estabelecido pela campanha de forma legal. Teremos tolerância zero com corrupção. A nossa equipe é enxuta. A gente vai colocar uma corregedoria forte e se possível vamos analisar a possibilidade de reforma administrativa para que os servidores incomodados possam sair da administração. Creio que assim será possível restaurar a credibilidade do município e dos empresários que quiserem se instalar na cidade. Assim será possível gerar empregos no comércio e na indústria”, destacou. 

Ele admitiu a possibilidade de criar um conselho municipal de transparência e controle social. “Quero deixar a prefeitura o mais aberto possível para a população para demonstrar mais transparência, para trazer o cidadão para frequentar mais a prefeitura”, destacou.

A reportagem também entrou em contato com o candidato Adicarlos Leite , do Pros (Partido Republicano da Ordem Social), que foi lacônico. “A forma de sanar (a corrupção) é com trabalho sério e transparente, com acesso da população, fazer uma gestão voltada para o bem comum, prezando pelos princípios que norteiam a administração pública”, respondeu. Ele justificou a resposta curta pelo fato de ter feito campanha na zona rural e porque no restante da agenda tem se dedicado à gravação de vídeos para sua campanha eleitoral. 

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