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ELEIÇÕES 2020 5m de leitura

Gastos de campanhas para Prefeitura de Londrina somam R$ 1,47 milhão

Montante se refere aos oito primeiros colocados na eleição; quinto colocado nas urnas, Tiago Amaral foi o que mais gastou, segundo TSE

ATUALIZAÇÃO
22 de novembro de 2020

Guilherme Marconi - Grupo Folha
AUTOR

 

A prestação de contas no registro de candidaturas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aponta que os oito primeiros colocados na corrida à Prefeitura de Londrina gastaram juntos cerca R$ 1, 47 milhão até agora. O montante significa uma economia de quase R$ 700 mil dos R$ 2,2 milhões gastos pelos oito candidatos de 2016. O contexto da pandemia diminuiu os gastos com material impresso, por outro lado as campanhas investiram sobretudo na produção de vídeos para programa eleitoral e também de conteúdo para redes sociais. A eleição para prefeito em Londrina neste ano teve a participação de dez candidatos. 

A campanha eleitoral para prefeito em Londrina em 2016 custou aos oito candidatos, juntos, R$ 2,12 milhões, conforme a prestação de contas.  Na ocasião, Marcelo Belinati,  primeiro colocado, arrecadou R$ 698 mil obtidos principalmente do fundo eleitoral e Valter Orsi (PSDB) um total de R$ 854,4 mil.

O plenário do TSE aprovou na semana passada as datas para apresentação da prestação de contas final dos candidatos e partidos nas eleições 2020. Os eleitos devem apresentar as contas até o dia 15 de dezembro, para que possam ser analisadas a tempo da diplomação, que deve ocorrer até 18 de dezembro. Segundo o TSE, a alteração da data foi necessária em razão do cenário excepcional decorrente da pandemia da Covid-19 e também para atender o plano de segurança sanitária do tribunal. Por isso, o terceiro colocado Junior Santos Rosa (Republicanos) informou arrecadação de mais de R$ 615 mil (segundo maior receita), mas não atualizou gastos e terá de atualizar até o fim do prazo, informou a assessoria de imprensa. 

O deputado estadual Tiago Amaral (PSB), da Coligação Londrina Forte de Novo, com apoio do PSD do governador Ratinho Junior. teve a campanha mais cara até agora entre os 10 postulantes: foram gastos R$ 574.079,84, sendo 91% desse montante de dinheiro público do “fundão”. Mesmo com maior gasto e maior arrecadação - R$ 928 mil de receitas, Amaral ficou apenas na quinta posição com 4,23% (10.808 votos) . Mais da metade do montante foi investido em programas de rádio, TV e produção de vídeos. 

O prefeito reeleito em primeiro turno Marcelo Belinati  (PP) (com 68,66%) foi o vice-líder em gastos e quarto em receitas. Ele obteve receitas de cerca R$ 553 mil dos fundos eleitoral e partidária. Os gastos para garantir a reeleição foram concentrados nos programas de rádio e televisão. Na propaganda obrigatória a coligação "Londrina Por Quem entende de Londrina" ficou com  a maior fatia, com 2m32s, além de mais de dezenas de inserções de 30 segundos. 

Segundo colocado, com 7,27% dos votos válidos, Boca Aberta declarou despesas de R$ 36.181,21, com autofinanciamento, sendo uma das campanha mais modestas para a prefeitura. Ele não contou com verba de fundo partidário e informou o TSE que investiu cerca de R$ 37 mil. 

NANICOS

Com poucas chances de vitória, os candidatos “nanicos” não contavam com muitos recursos de fundo partidário e tampouco conseguiram viabilizar uma quantia significativa de recursos extras. 

Marcio Sanches (PCdoB) conseguiu arrecadar apenas R$ 37 mil, sendo 53,33%  do fundão e 46% de doações (R$ 15 mil financiados pelo vice da chapa Oswaldo de Lima (PCdoB).  

O delegado Águila Misuta (MDB) declarou receitas de R$ 61,5 mil e despesas de R$ 45,2 mil. Deste montante, cerca de R$ 21 mil foram investidos pelo próprio candidato.  

Por sua vez, Alvaro Loureiro Junior (PV) - último colocado com 0,28%  dos votos válidos (705 votos) - declarou receitas de R$ 18.280,00, mas até o fechamento dessa edição não havia declarado receitas.

 

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