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MULTI CHEF 5m de leitura

Pão fresquinho, indispensável no cotidiano das famílias

Preparar bem o pão é uma arte que os estabelecimentos comerciais também praticam no dia a dia

ATUALIZAÇÃO
10 de março de 2022

Fábio Luporini
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Pão fresquinho, indispensável no cotidiano das famílias

Ser recebido na casa de amigos que moram em outra cidade, é sempre uma grande honra e alegria. Melhor ainda quando a hospedagem vem com um pão fresquinho no dia seguinte, não é mesmo? Essa honraria não é sempre que acontece, mas, por outro lado, também não é toda vez que, para que isso seja uma realidade, a gente, literalmente, coloca a mão na massa! Já contei aqui que, semanas atrás, viajei para Itararé, mais precisamente no distrito de Pedra Branca, para conhecer a família dos amigos Fran e Marcus Vinícius, que lá têm um mercadinho referência em todo o bairro: o Mercado do Dir.

Da noite para o dia, entretanto, é preciso trabalhar. E os hóspedes-visitantes entram no time da ajuda, sem dúvidas! Lá pelas 22h, prepara-se a massa: farinha, água, levedura (ou fermento de padeiro, como é mais conhecido o ingrediente) e sal. Como no mercadinho de lá vende-se pão por unidade, é preciso padronizar o tamanho do produto. Diferentemente daqui de Londrina, onde o item é vendido por quilo, então, não importa qual peso tenha. Para fazer isso, é preciso pesar as bolinhas de massa. Em média, cada uma tem cerca de 65 gramas.

Depois de preparadas e pesadas, as bolinhas de massa entram numa máquina que a transformam num formato mais comprido. É assim que elas descansam a noite inteira e, durante esse período, crescem de um tamanho que ficam parecidas com um pão mesmo. Quando chega por volta das 7h, é preciso assar o pão, porque logo já tem cliente querendo pão fresquinho. Antes, porém, a gente tem que “cortar” a massa, para que o pão fique com aquela casquinha aberta, em cima. Disseram-me que os clientes “exigem” essa casquinha aberta, sob o argumento de que se não tiver, não parece pão! Já reparou nisso?

Aí, então, o pão vai para o forno: são 18 minutos numa temperatura específica super alta! Rapidinho ele fica pronto. Aos domingos, saem duas fornadas. Durante a semana, só uma. O resultado é um pão leve e crocante, que me fez comer além da conta: com margarina, com doce de abóbora caseiro feito pela Vó Maria e até com nutella. O pão é tão gostoso que o pessoal do bairro tem o costume de comprá-lo mesmo quando está amanhecido, ou seja, de um dia para o outro. O mercadinho faz uma sacolinha, cobra um pouco mais barato e, dessa forma, não se desperdiça um pão sequer.

A única desvantagem mesmo é ter de voltar de viagem, depois de três dias degustando e saboreando o pão fresquinho que a gente ajudou a fazer, inclusive num piquenique na cachoeira do Rio Verde, em Itararé. A gente fica mal acostumado!

Pão fresquinho: indispensável no dia a dia
 

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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