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Opinião 5m de leitura

EDITORIAL - Brasil chega à marca de 50% da população completamente vacinada

ATUALIZAÇÃO
20 de outubro de 2021

Folha de Londrina
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O Brasil atingiu uma marca importante nesta quarta-feira (20). Mais de 50 por cento da população alcançou o esquema vacinal completo contra a Covid-19. Ou seja, metade dos brasileiros tomou as duas doses da vacina ou o imunizante de dose única. É um marco, uma prova de que o brasileiro confia na vacina e entende que ela é o principal fator de queda no número de casos de contágio no país e a principal chance de voltarmos à vida perto do conceito que conhecemos como normalidade.

 

Segundo informações que a FOLHA traz na edição desta quinta-feira (21), foram as 651.053 segundas doses registradas nesta quarta que levaram o país a passar dos 50%. Também foram notificadas 292.943 primeiras doses, 40.389 doses únicas e 116.585 doses de reforço. Com as doses registradas, já são 152.325.559 brasileiros com a primeira dose. Ao todo, 106.874.272 já tomaram também a segunda ou a dose única, o equivalente a 50,1% da população.

A confiança na vacinação é um diferencial para o Brasil, que começou tarde o processo por falta de imunizantes e hoje avança rapidamente. Ao contrário dos Estados Unidos, que arrancaram cedo na imunização, mas hoje têm dificuldades para chegar aos 60 por cento da população totalmente imunizado. Eles esbarram na resistência dos grupos antivacinas.

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Em Nova York, o prefeito Bill de Blasio anunciou que os trabalhadores do município terão que tomar a vacina contra a Covid e anunciou que pagará 500 dólares para aqueles que tomarem a primeira dose até 29 de outubro. Um incentivo tentador. 

Os índices de contágio e os casos graves estão caindo, mas não podemos esquecer que o Brasil registrou 600 mil mortes por Covid-19 e os 50% totalmente vacinados não são suficientes para sairmos da pandemia. Máscara e distanciamento continuam sendo necessários até que as autoridades sanitárias entendam que estamos seguros. 

Em entrevista à Folhapress, a médica do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Rosana Richtmann, lembrou que ainda temos um caminho longo pela frente, pois é preciso atingir, ao menos, entre 80% e 85% da população completamente vacinada. "A batalha está ganha, mas a guerra ainda não", resumiu a infectologista.

Há quase quatro meses, entre junho e o começo de julho, Chile (o primeiro da América do Sul, em 22 de junho), Reino Unido e Uruguai atingiram o patamar de 50% da população imunizada com as duas doses. Na segunda metade de julho e início de agosto, foi a vez de Portugal, Alemanha, Estados Unidos e França ultrapassarem a marca. 

Infectologistas vêm alertando, contudo, que não existe um "número mágico" de vacina para se atingir a imunidade coletiva, pois trabalhamos com a presença da variante delta, muito mais contagiosa, e já se percebeu que com o passar dos meses os níveis de proteção das vacinas atuais caem e torna-se necessária uma dose de reforço. Não é para perder o otimismo, mas ter consciência de que os cuidados preventivos básicos ainda são importantes. 

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