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Folha Rural 5m de leitura

Professor de Bandeirantes lança livro sobre cultivo da alfafa

Publicação traz dicas para correção de solo, corte, aplicação de fertilizantes de forma correta, entre outras informações para o sucesso da cultura

ATUALIZAÇÃO
24 de agosto de 2020

Reportagem local
AUTOR

O engenheiro agrônomo Erich Duarte traz um raio-x do manejo de adubação e da cultura em publicação que pode auxiliar os ganhos dos produtores no Norte do Paraná

A ideia principal da publicação é concentrar em apenas um volume informações que estão muito dispersas na literatura especializada.
 

Uma planta com valor nutricional altamente proteico e de muita rentabilidade para pequenos produtores, a alfafa hoje tem seu principal mercado a alimentação de equinos e bovinos de leite, através do feno ou peletizada, mas também com excelente potencial para produtores com pivô central de irrigação vislumbrando outros mercados alimentícios.

Pensando neste cenário promissor para o manejo da cultura em propriedades rurais do Norte do Paraná – que já foi considerada no passado a terra da alfada devido ao solo e clima - o professor do curso de agronomia da Unopar Bandeirantes, Erich dos Reis Duarte, mestre em agronomia, lança o livro ‘Manejo de Adubação da Cultura da Alfafa’. A ideia principal da publicação é concentrar em apenas um volume literário informações sobre a cultura que, segundo Duarte, estão muito dispersas na literatura especializada.

O professor da Unopar Bandeirantes explica a importância socioeconômica da alfafa no contexto do agronegócio paranaense. “Estamos falando de uma planta com valor nutricional de quase 23% de proteína bruta. Além disso, traz uma rentabilidade aos produtores: a cada 1 hectare (ha), é necessário 1,5 pessoas para seu manejo. Portanto, em 3 mil ha da cultura, são gerados 4.500 empregos diretos e indiretos. Esse manejo requer uma mão de obra familiar muito cuidadosa”, explica.

No livro, Duarte traz algumas dicas para que o manejo se torne eficiente e rentável ao produtor. “O manejo da cultura inicia-se pela escolha de uma boa semente, certificada e livre de impurezas. Depois, no livro apresentamos uma das maneiras de implantação da cultura, em que o produtor deve corrigir o solo através dos níveis adequados de fertilidade. Desta forma sugiro a criação do Índice Tecnológico da Cultura de Alfafa. Mas vale lembrar que o norte de recomendação é sempre a Embrapa, as universidades e os pesquisadores da área. Gosto de dizer que mesmo trabalhando há 22 anos com a cultura, sempre há o que aprender”, complementa.

O produtor que não segue as recomendações para a alfafa – como acontece em outras culturas – pode ter o tempo dela reduzido no campo. “Hoje, seguindo as recomendações dos órgãos oficiais e dos pesquisadores, a cultura pode permanecer em até seis anos no campo, com a realização de um manejo adequado. Mas caso isso não ocorra, há situações de áreas de dois anos que necessitaram de ser replantadas e com isso os custos aumentaram”, ressalta Duarte.

Por fim, o autor da publicação comenta que no livro os leitores também vão encontrar técnicas de correção de solo, manejo de cultura de corte e fenação, aplicação de fertilizantes de forma correta utilizando as técnicas em cobertura e outros pontos para o sucesso da cultura. Para quem se interessar, o livro pode ser adquirido através do site da Editora Lux.

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