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Folha Rural 5m de leitura

Ano bom para produção de maçãs

Paraná é o terceiro produtor nacional, com destaque para a variedade precoce Eva. Segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, previsão é colher 32 mil toneladas em 2021

ATUALIZAÇÃO
05 de fevereiro de 2021

Reportagem local
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Os produtores paranaenses de maçã estão na expectativa de uma boa comercialização, com rentabilidade satisfatória, pelo segundo ano consecutivo. A expectativa é vender a caixa de 18 quilos da fruta entre R$ 50,00 e R$ 55,00 cada uma, quando houver mais oferta. Hoje, por exemplo, com menos oferta, a caixa de maçã está sendo comercializada em torno de R$ 70,00 - a fruta já embalada e classificada. Considerando os custos, calculados entre R$ 30,00 e R$ 35,00 a caixa, o preço está atrativo. Neste ano de 2021, a safra de maçã no Paraná deve superar 32 mil toneladas, o que representa uma oferta ajustada ao consumo, por isso o preço melhor para o produtor. 

 

Apesar do preço bom, não há previsão de aumento de área plantada com maçã no curto espaço de tempo. Isso porque o consenso entre os produtores é aumentar a produtividade primeiro, antes de pensar em novos plantios. Atualmente, o produtor paranaense colhe entre 30 a 35 toneladas de fruta por hectare, o que dá espaço para elevar esse rendimento para 60 toneladas de maçã por hectare porque os custos permanecem os mesmos. 

Segundo Ivanir Leopoldo Dalanhol, que é diretor técnico e de qualidade da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã, produtor e também assessor técnico de empresa de assistência técnica no Paraná, neste início de ano, os preços continuam bons, mas a tendência seja baixar um pouco com a entrada de safra de outras regiões produtoras. “Mas a expectativa é que o preço continue bem atrativo”.

Dalanhol explica que a exportação de maçã brasileira é feita por grandes empresas e isso diminui a oferta da fruta nacional no primeiro semestre. Já a importação normalmente ocorre no segundo semestre. Mas, segundo o produtor, não há expectativa de queda no preço por causa das importações porque o dólar está num patamar alto e mantém o preço da fruta elevado por aqui também. Além disso, o preço da maçã na Europa está elevado, o que anima os produtores a alcançarem um patamar médio bom, como foi no ano passado.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, o Paraná é o terceiro produtor nacional de maçã, com destaque para o cultivo da variedade precoce Eva, desenvolvida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná –Iapar-Emater (IDR-Paraná). Essa variedade é mais cultivada na Região Metropolitana de Curitiba - na capital e na Lapa, Porto Amazonas e Campo do Tenente. Também são destaques as variedades Gala e Fuji, mais cultivadas nas regiões de Palmas e Guarapuava, grandes produtoras. As informações são da AEN (Agência Estadual de Notícias).

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