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Folha da Sexta 5m de leitura

Novos tempos

ATUALIZAÇÃO
29 de julho de 2016


AUTOR

Jorge Luiz de Souza acredita também que os avós são uma "boa saída" nas famílias para fazer o acolhimento entre pais e filhos na adolescência. Com o conflito de gerações, os jovens se sentiriam mais à vontade para conversarem com os avós. "Eles têm dificuldades em expressar sentimentos", justifica.

Na vida pessoal, o casal confessa que demorou a ter netos e cobiçava os netos alheios. "A gente olhava com olhos de cachorro pidão, mas não falava nada, era a nossa tática", diz Elisabete Junqueira. "Agora a gente até acha que podia ter mais netos, mas não pressiona", concorda, rindo, o avô. Uma das filhas do casal decidiu por não ter filhos e a decisão é vista com respeito pelos pais. "Ter neto é muito gostoso, parece que nasci para isso. Mas podemos ter os netos do coração também", fala ele.

Elisabete também se sente realizada com a chegada dos netos e aponta diferenças entre a relação de pais e avós. "Estar com crianças é sublime, é uma injeção de tudo. Mas o que a minha mãe teve comigo é diferente do que tenho com meus filhos. Antes elas aconselhavam e aceitávamos aquilo, hoje os avós são coadjuvantes, temos que ser mais cuidadosos para dizer as coisas", acredita. (E.G.)

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