Imagem ilustrativa da imagem Muito prazer, sou a orquídea!
| Foto: Fotos: Anderson Coelho
Imagem ilustrativa da imagem Muito prazer, sou a orquídea!
"Sempre escuto que após ganhar uma orquídea de presente a pessoa resolve plantar achando que assim a planta duraria mais e ela acaba morrendo", diz Tieme Maeda



Quando o assunto é orquídea não faltam elogios para essa delicada planta que chama a atenção seja pela beleza de suas flores, pelo perfume que exala ou pela combinação exótica de ambos.

E os números também impressionam, já que na classe da família a que pertencem, chamada de Orchidaceae, as orquídeas são catalogadas em mais de 1.800 gêneros e cada um ainda pode apresentar centenas de espécies. Estima-se que o total de espécies seja algo em torno de 35 mil em todo o mundo. Ainda dentro dessa gama é possível encontrar um gênero que possui apenas duas espécies como a Isabelia, mas também um dos mais famosos como o gênero Cattleya que possui cerca de 70 espécies.

Tieme Maeda, proprietária da KM Orquídeas, em Londrina, explica que essas plantas são classificadas conforme o seu habitat como: as Epífitas, aquelas que vivem em troncos de árvores; as Terrestres, que vivem como plantas comuns na terra; e as Rupícolas, que vivem sobre as rochas. "É interessante salientar que as Epífitas, que são a maior parte das orquídeas, vivem nos troncos das árvores, mas não são parasitas e sim hospedeiras, pois absorvem nutrientes pelo ar e não a seiva da árvore", completa.

Com relação aos cuidados básicos da planta, Tieme é enfática: "a planta é um ser vivo e precisa de cuidados. E como todo ser vivo ela responde a esses cuidados".

À frente de um orquidário e com mais de 14 anos de experiência no manejo das plantas, Tieme Maeda e a sócia Nilce Koga revelam a importância de comprar as flores com certificado de procedência. No orquidário às espécies vêm com um selo de autenticidade registrado na Inglaterra que atesta a qualidade. Outra dica importante é sempre buscar informação sobre os cuidados específicos com as orquídeas. "São plantas que precisam de muita luminosidade, mas que não toleram a exposição direta ao sol", revela Tieme.

Para ela, se uma orquídea se apresentasse, certamente diria que precisa de luz, uma rega abundante uma vez por semana e adubação com os substratos indicados. "É uma planta que não pode ser encharcada, ela respira pela raiz e se alimenta pelas folhas, se ela estiver com um pratinho no vaso pode morrer afogada", explica.

Um erro muito comum, segundo Tieme, é colocar a planta direto na terra no jardim, por exemplo. Como a maioria das espécies não são de terra a planta não resiste. "Sempre escuto que após ganhar uma orquídea de presente a pessoa resolve plantar achando que assim a planta duraria mais e ela acaba morrendo. Por isso, é importante identificar de qual espécie se trata para que ela receba os cuidados adequados", afirma.

Para os que desejam começar o cultivo em casa Tieme salienta que é interessante considerar cultivá-la em um nó de pinho. Se optar por um vaso não precisa ser grande. "A planta precisa preencher o vaso pequeno antes com os novos brotos e só quando ela começar a pender é que chegou a hora da troca e com apenas 1 cm de diferença de um vaso para o outro", explica Tieme, que no orquidário conta também com a ajuda do filho, Tiago Maeda Miranda, provando que a paixão pelas plantas está no DNA da família.