| |

Folha Cidadania 5m de leitura

Pais marcam presença nas escolas e fazem a diferença

Dedicação das famílias é diferencial importante, com mutirões e campanhas nas redes sociais elas fazem melhorias nas escolas públicas

ATUALIZAÇÃO
09 de agosto de 2022

Walkiria Vieira - Grupo Folha
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Pais marcam presença nas escolas e fazem a diferença

Dividir os méritos de uma conquista é gesto de reconhecimento. Pois a escola, sabiamente, distingue o quão válida é a participação de responsáveis nas atividades escolares. E as eleva. Em Londrina,  as escolas municipais possuem referências atuais e também aquelas de anos atrás e  que marcam a memória das unidades - graças ao papel protagonista desempenhado pela comunidade. Seja para uma reforma que dará mais segurança aos estudantes ou o empenho das famílias para pagar o contador ou proporcionar um passeio ao cinema, a união em ações entre amigos é prova significativa de que a presença dos responsáveis na escola faz toda a diferença. 

LEIA MAIS: 

Alfabetização na pandemia

Pais de alunos do CMEI - Centro Municipal de Educação Infantil Abdias do Nascimento conseguiram motocas para a escola através de uma campanha pelas redes sociais
 

São significativos os exemplos no CMEI - Centro Municipal de Educação Infantil Abdias do Nascimento, localizado no jardim Pindomarama, região Leste de Londrina, segundo a diretora Simone Cristina de Farias Cavalin. "Sabendo que tínhamos espaço para as crianças brincarem, mas não a condição de adquirir algumas motocas para pelo menos revezar entre as turmas, o pai de um aluno tomou a iniciativa de fazer uma campanha. Pelas redes sociais, conseguiu uma divulgação excelente que surpreendeu, pois foram doadas para todos os alunos matriculados e todas novas", recorda-se.

 

Com 78 alunos de 0 a 3 anos, o CMEI as acolhe em período integral e a diretora considera que a postura dos pais participativos será conservada para os anos seguintes - para o bem das próximas escolas.  "Como atendemos desde os bebezinhos, muitos são pais de primeira viagem e, entre mamadeiras, fraldas e os primeiros passos, já iniciam a parceira com escola, numa dinâmica positiva a todos. 

Valorizados pelo que fazem - e fazem a diferença, familiares inspiram. "Eles fazem o máximo para participar das reuniões isso incentiva mais pessoas", diz a professora. A unidade recebe alunos de bairros como jardins Interlagos, Amaral, Acquaville e Antares. "É notável como as ações realizadas na escola também são valorizadas e ganham outras proporções e apoio, como o projeto de musicalização. Arte de dentro da escola para cada casa", alegra-se a diretora. 

UMA COISA PUXA A OUTRA 

O empresário e assessor comercial José Sckio Júnior é pai  de Alice Celeste Sckio,  sete anos de idade, que cursa o 2° ano no Carlos Dietz.  Pai de Maria Fernanda Celeste Sckio, que atualmente mora  em New Jersey,  nos Estados Unidos, e  Ana Lívia Celeste Sckio, que estuda no Nilo Peçanha,  reconhece a necessidade de estar integrado às atividades dos filhos e a educação para ele é algo de suma importância. A Escola Carlos Dietz tem como diretora Vânia Isabeli Talarico Freitas da Costa, atende 350 alunos - Educação Infantil e Fundamental I, e funciona em dois períodos. 

 

Recentemente, Sckio fez a doação de uma bicicleta para a escola Carlos Dietz, a qual terá a renda revertida para uma atividade extracurricular e de lazer - uma tarde de cinema em um shopping no final do ano. "Inicialmente, a bicicleta serviria para ajudar a reformar o parquinho da escola, que foi uma doação do Colégio Marista, mas fico para um novo projeto que eu também apoio. Eu tenho com a Alice uma programação  de fim de semana e todo domingo vamos a um parquinho público, algo que não pude fazer com tanta frequência para as minhas filhas mais velhas. A Alice é bastante ativa, gosta muito de estar na escola, sente-se feliz naquele ambiente. Penso que minha filha e os demais alunos devem ter boas condições e temos que tirar o chapéu para a  diretora Vânia e para todos da Associação de Pais e Mestres, pois a dedicação e todos os esforços deles tornam a escola pública de muita qualidade", expõe. 

 

ENGAJAMENTO DOS PAIS 

A Escola Municipal Professora Corina Mantovan Okano  é uma das 12 unidades escolares localizadas no Zona Rural de Londrina. Situa-se no Distrito Maravilha e conta com 120 alunos matriculados. De acordo com o diretor Marco Aurélio de Carvalho, a comunidade é bastante comprometida com a escola. Um mutirão para fazer a integração dos dois prédios da escola é um exemplo. "Eles vinham aos sábados, dias em que não estavam em seus trabalhos e literalmente colocaram a mão na massa, inciativa que proporcionou mais segurança aos alunos, que não mais precisam ir até a rua para acessar o outro prédio, explica Carvalho. 

A inserção da comunidade é uma prática bastante valorizada pela direção e corpo docente e todos os resultados são observados e considerados exemplos. O diretor considera que mais do que a quantidade de participantes, o valor de cada um reconhecido. No caso da integração dos prédios, foram seis pais, alguns da construção civil, outros não. O que importa é não é se é um número expressivo, mas qualitativo", observa. 

 

A disposição das famílias é um suporte e tanto para as escolas e, segundo o diretor da Escola Municipal Professora Corina Mantovan Okano, o interesse pela escola se reflete também na maneira como os alunos enxergam o local onde estudam e passam grande parte do dia. Além dos aprendizados curriculares, aprendem também sobre proatividade, pertencimento, senso de coletividade a altruísmo. 

A casinha de bonecas da escola também foi reformada graças à participação dos pais, no ano de 2020. Cientes de que é um local bastante prestigiado e que precisava de uma reforma, pois até a porta estava quebrada, os pais ajudaram na renovação do local que ganhou cara nova, segurança e manteve uma das atrações mais valorizadas pelas turmas. "Notamos que a necessidade de criar os grupos de whatsApp para a comunicação durante a pandemia fortaleceu a comunicação e também o engajamento das famílias com a escola", conta o diretor. "Embora a escola seja pública, a contabilidade precisa ser paga por conta da escola, e é graças aos pais, que fazem promoções de pizza, pastel e se unem por meio da Associação de Pais e mestres que mantemos essa obrigatoriedade me dia", completa. 

Lei mais: 

Alfabetização na pandemia

---

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo  link

Esse conteúdo é restrito para assinantes...
Faça seu login clicando aqui.
Assine clicando aqui.

PUBLICAÇÕES RELACIONADAS