Enzo, Elsa, María Carmen, Valentin. Poderiam ser grandes amigos que se sentam à nossa mesa num típico almoço italiano de domingo. E, de certa maneira, são. Afinal, são membros de uma família que imigrou da Itália para a Argentina, lá no final do século XIX, e emprestaram seus nomes para rótulos de vinhos que podemos comprar aqui mesmo em Londrina. Portanto, ao abrir cada uma das garrafas, degustamos, além de boas produções, muitas histórias.

Dias atrás fui convidado para uma degustação especial de alguns desses rótulos pelo Angeloni, que trouxe um enólogo da vinícola argentina Famiglia Bianchi, produtora dos rótulos que homenageiam membros da família, desde os mais antigos até os mais novos. Inclusive tem uma linha de vinhos que se chama Geração IV, dedicada aos bisnetos dos fundadores, embora a família já tenha membros da quinta geração.

Desses vinhos que citei, só conhecia Elsa Bianchi Rosé e Enzo Bianchi Gran Corte. O primeiro, um rosé levinho e frutado, ideal como rótulo de entrada e gostosíssimo para tomar num dia de muito calor. Vai numa sentada. O outro, um senhor vinho, mais encorpado e muito mais sofisticado, exige uma horinha de decantação para dar uma boa respirada. Vai bem com carnes, assados e até um bom churrasco. Se tiver um bife de chorizo, melhor ainda!

Com sorte, é possível encontrar esses rótulos em promoção, com desconto. Sempre aparecem no aplicativo do Angeloni, ao menos comigo, que utilizo semanalmente. Além deles, também degustamos naquele dia o María Carmem Chardonnay, o Famiglia Bianchi Cabernet Sauvignon, o Particular Malbec e o Particular Cabernet Franc. Excelentes e excepcionais, ainda mais quando se tem a explicação de um profissional e taças, quitutes e companhias adequadas para a degustação.

O único problema de degustações como essa é que a gente fica com vontade de viajar. Eu, particularmente, já quis ir para Mendonza, um lugar que ainda não conheço. Se, ao final da degustação, tivesse alguma agência vendendo alguma viagem para lá, com certeza teria alguns inscritos na trip. Apesar de que, cada botelha aberta é, de certa maneira, uma viagem por alguma região vinífera, algum país, alguma vinícola.

Aliás, aceito convites para degustações e viagens! É bom poder ampliar os horizontes conhecendo lugares e vinhos novos. E, se puderem, experimentem os rótulos da Famiglia Bianchi. Não vão se arrepender!