Os noticiários estão constantemente passando informações e as pessoas estão preocupadas, mas não há pânico. Tem gente que se aproveita da situação para subir os preços do álcool em gel e das máscaras. Desses itens, há desabastecimento, mas a população não está ficando louca por isso.

Imagem ilustrativa da imagem ARGENTINA - "Como é tudo muito recente, o pessoal ainda não sabe como agir"
| Foto: Arquivo Pessoal

Essa semana cancelaram eventos como o Lollapalooza e eventos esportivos serão sem público. O aeroporto é um desastre porque não está aplicando nenhum protocolo. Na quarta, me encontrei com uma pessoa que tinha chegado há três dias em Buenos Aires e ninguém falou nada pra ele. Preencheu um formulário com seus dados onde ficaria e nem pegaram o formulário dele.

Tem um gerente do supermercado que na semana passada chegou de Madri e foi trabalhar com febre. Agora, o andar dele está em quarentena. Mas para os funcionários externos que trabalham para o supermercado ainda não têm um protocolo.

Minha amiga teve reunião semana passada com o pessoal que está isolado, mas ela não está em quarentena. Eu a vi no fim de semana e estou tendo uma vida normal. Consultei a minha médica, mas por enquanto não tem nada estipulado para fazer com gente, pois tivemos um contato indireto. Ainda não está claro se os restaurantes ficarão abertos. Locais para dançar já anunciaram que ficarão fechados.

Os turistas, mesmo com o pedido para que se isolem, estão passeando do mesmo jeito. Como é tudo muito recente, o pessoal ainda não sabe como agir. O governo pediu para o pessoal que tiver sintomas ligar para o número de emergência e não ir nas unidades de saúde.

Supostamente, uma ambulância busca a pessoa para fazer o teste de coronavírus, mas teve um caso em que chamaram e não foram buscar o paciente. Ele foi levado por um amigo e o senhor acabou morrendo. Sobre as mudanças de comportamento, dependendo do lugar eu não estou cumprimentando ninguém, mas meus colegas se cumprimentam com beijos normalmente. Agora, querem que cada um tenha seu próprio mate (chimarrão).”

Melisa Hayashi, profissional de Comércio Exterior graduada pela Fundacion Standard Bank, vive em Buenos Aires (Argentina)

LEIA MAIS HISTÓRIAS:

BAHREIN - "Todos os eventos públicos foram cancelados"
ITÁLIA - "Estamos segregados dentro de casa."
SUIÇA - "Voo do Brasil à Suíça estava com muitos assentos sobrando"
PORTUGAL - "Aqui, já vejo um movimento bem menor no transporte coletivo e menos pessoas nas ruas"
ÍNDIA -"Os aeroportos estão fechados, ninguém mais entra na Índia"
FRANÇA - "Com o estágio 3 da pandemia, as cirurgias que não são urgentes serão deixadas para mais tarde"
INGLATERRA - "Fui ao mercado e o clima estava tranquilo, as pessoas de bom humor fazendo piadas sobre a falta de papel higiênico"