Imagem ilustrativa da imagem PORTUGAL - "Aqui, já vejo um movimento bem menor no transporte coletivo e menos pessoas nas ruas"

A sensação que temos é de muita impotência porque tem muita gente jovem que é assintomática e não está tomando os cuidados que deveria achando que o coronavírus é um resfriado e não é. O que realmente está faltando aqui no Porto é álcool em gel.

Entrei em várias farmácias, sempre tomando o cuidado de manter uma distância de um metro do balcão, se tem fila pergunto de longe. Mercado também, é entrar, pegar o necessário e sair até em respeito ao próximo porque não sabemos se as pessoas estão contaminadas e nem se nós estamos. Para a minha sorte, estou aqui há cinco meses, então, toda a parte de eventos e aulas eu já fiz.

Estou numa fase de produção de artigos, então, na prática, me afetou muito pouco. Aqui, já vejo um movimento bem menor no transporte coletivo e menos pessoas nas ruas. Mas tenho visto notícias de Lisboa até de praias lotadas e o governo tendo que pedir para as pessoas ficarem em casa. O que eu acho que está falhando aqui, por exemplo. Teve estudantes do programa de intercâmbio Erasmus (Mundus) que decidiram não vir e outras famílias decidiram não receber. Agora, para as faculdades ficou livre.

Alunos que estavam na Itália, por exemplo, decidiram voltar para casa e nenhuma autoridade de saúde foi ao aeroporto ver qual era a condição de saúde deles. Os próprios estudantes estavam achando que teriam que passar por algum teste. Então, eles mesmos se colocaram em quarentena e pediram para ficar isolados no quarto. Teve um estudante que pediu para a família levar comida para ele na porta. Outra curiosidade ocorreu na região da Maia.

Os pais foram buscar os filhos e a escola estava fechada porque uma criança apresentou sintomas do corona e a professora também. A turma ficou retida até de noite e os pais ficaram do lado de fora apavorados querendo saber o que fazer. A minha filha está numa escola de ensino médio e todos os dias os alunos têm que formar fila para passar álcool em gel nas mãos e todos passaram a ser obrigados a lavar as mãos para fazer as refeições."

Lívia Oliveira - jornalista de Londrina e doutoranda no Porto (Portugal)

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