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Política 5m de leitura

Com alta de mortes pela Covid-19, vereadores defendem criação de crematório municipal

Eduardo Tominaga e Sônia Gimenez, autores do projeto de lei que tramita na Câmara de Londrina, afirmam que o crematório é um modelos mais sustentável

ATUALIZAÇÃO
10 de maio de 2021

Rafael Machado - Grupo Folha
AUTOR

Já tramita na Câmara Municipal um projeto de lei dos vereadores Eduardo Tominaga (DEM) e Sônia Gimenez (PSB) que autoriza a Prefeitura de Londrina a desenvolver um plano para criação do crematório municipal. O grupo responsável pela discussão seria formado por representantes do próprio Legislativo e órgãos da administração direta e indireta, além de outras entidades que poderiam ser convidadas pelo Executivo. 

 

Tominaga explicou que o debate é antigo, mas decidiu unir forças porque a colega parlamentar já ocupou a superintendência da Acesf (Administração de Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina) na gestão do ex-prefeito Alexandre Kireeff. "Tenho uma proposta que está na Câmara para cremação de animais, mas mudamos o foco assim que ela (Sônia) descreveu a superlotação dos ossários, o crescimento de mortes pela pandemia e a consequente falta de jazigos". 

Segundo o vereador, o crematório é um modelo mais sustentável. "É fácil achar lugar para cemitério e contaminar outras áreas. Vejo que essa alternativa abre oportunidade para a família que deseja cremar o seu ente querido, mas hoje não consegue pagar pelo serviço, que é bem caro. Seria um custo bem mais baixo do que é cobrado pelas empresas particulares do ramo. Elas teriam liberdade para continuar enterrando, mas ganhariam essa opção", informou. 

Sônia Gimenez argumentou que "o assunto foi deixado de lado por muito tempo". Ela sugeriu inclusive de outros municípios serem beneficiados com a medida prevista no projeto. "Temos muitas exumações, o que degrada o meio ambiente. Isso não aconteceria com o crematório. Estudos mostram que microorganismos dos corpos ficam no solo, gerando uma cadeia de contaminação. As cidades vizinhas também poderiam ser contempladas. A discussão é válida", disse. 

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que só deve se manifestar durante a tramitação do texto, que ainda precisa passar pelo crivo de comissões da Câmara antes de ir ao plenário. Londrina chegou a 1.295 mortos pelo coronavírus nesta quinta-feira (6). 

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