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ESPAÇO ABERTO 5m de leitura

ESPAÇO ABERTO - Sobre a filial do The Royal Ballet School em Londrina

ATUALIZAÇÃO
03 de junho de 2022

Ronaldo Gomes Neves
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem ESPAÇO ABERTO - Sobre a filial do The Royal Ballet School em Londrina

Lendo o artigo "A visita do ministro da Cidadania a Londrina", do engenheiro José Pedro da Rocha Neto, publicado no “Espaço Aberto”, edição de 31/05, gostaria de fazer algumas considerações que se mostram relevantes para a ocasião.

É fato que após anos de idas e vindas a Londres, assim como devidamente municiado de apresentações do Ministério da Cultura, na época conduzido pelo cantor e compositor Gilberto Gil, assim como pelo Rotary Internacional e do próprio município de Londrina, conseguimos convencer o Royal Ballet School, via da sua diretora-geral Gailene Stock AM, a visitar Londrina, com o exato propósito de conhecer a nossa cidade, de sorte de, a partir deste conhecimento, estabelecer, ou não, uma parceria desejada, à semelhança de Joinville (SC) com o Ballet Bolshoi da Rússia.

A ideia estava em criar aqui a primeira filial do Royal Ballet fora de Londres, com uma unidade física a ser construída com recursos provindos de multinacionais inglesas estabelecidas no Brasil, via dos incentivos fiscais disponíveis.

Os contatos para tanto foram solidamente construídos através do então prefeito Barbosa Neto, na nossa companhia, junto ao Conselho Britânico, em São Paulo.

Estabelecidos os contatos e consolidados os interesses, a sra. Gailene sugeriu datas entre novembro e dezembro de 2010, sendo que a Secretaria da Cultura do município não concordou, a pretexto de obras que ainda estavam sendo executadas, assim como pelos próprios professores de Ballet de Londrina, que estariam envolvidos com as suas respectivas programações de final de ano e que nunca se mostraram entusiasmados com a ideia.

Vale dizer que o grupo que viria para cá estaria composto por nove membros, contando com a presidente Royal Ballet School, quatro professores e quatro alunas do melhor nível que durante uma semana fariam apresentações e uma avaliação do ballet regional, além de ministrarem cursos aos professores interessados.

Sugerimos janeiro ou fevereiro de 2011, o que não foi aceito porque naquele período o Royal estaria envolvido no Prix de Lausanne International Competition, como também no American Ballet Theatre, em Londres.

Depois disso, após vários contatos, o Royal Ballet Schoo abriu qualquer data a partir de março de 2010 para que essa viagem ocorresse, sendo certo que nós cobriríamos exclusivamente os custos das passagens aéreas.

Acertados os ponteiros e marcado o período em que a visita poderia ser feita, em 13 de setembro de 2010 encaminhei um e-mail ao gabinete do então prefeito Alexandre Lopes Kireeff, oportunidade em que solicitamos os recursos financeiros para que as passagens fossem adquiridas, fosse qual a procedência, o que simplesmente nos foi negado.

Leia mais: https://www.folhadelondrina.com.br/politica/nunes-marques-do-stf-reconduz-franscischini-a-al-3206291e.html

Vale dizer que uma luta de anos, com a ajuda primordial da Associação Comercial e Industrial de Londrina, inicialmente através do então presidente Abílio Medeiros Junior, assim com o empenho de todos os companheiros do Rotary Club Londrina-Norte, acabou em vão.

Comunicado o Royal Ballet da impossibilidade do custeio, nunca mais nos foi aberta qualquer porta para novas negociações.

Fomos várias vezes cobrados por dirigentes ligados ao Conselho Britânico, em especial Rozanne Zachetti e Geoff Smith, quanto ao prosseguimento dos contatos, o que fizemos através do governo do Estado, via do então secretário da Cultura João Luiz Fiani, não resultando em nada.

Lamentavelmente, deixamos de trazer para Londrina não só uma das melhores escolas de ballet do mundo, a The Royal Ballet School, como a própria Universidade das Artes, posto que o projeto era de maior alcance, no exato sentido de estender a outros segmentos artísticos.

Trazer tudo isso de volta ainda é um sonho, mas para tanto teríamos que reunir pessoas profundamente envolvidas e que tivessem o alcance da importância disso para Londrina.

Ronaldo Gomes Neves é advogado e membro do Rotary Club Londrina-Norte 

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