Neste 8 de março de 2024, Dia Internacional da Mulher, é legítimo comemorar conquistas, como uma maior presença feminina em postos de liderança no mercado de trabalho em comparação com décadas atrás. Mas a comemoração não pode ofuscar a enorme distância que o Brasil e outros países ainda precisam caminhar até chegarem a uma sociedade realmente igualitária.
A FOLHA traz nesta edição várias reportagens que tratam do assunto. Como os desafios que as mulheres que brilham no esporte em Londrina precisam enfrentar todos os dias.
Em nível nacional, um levantamento mostra que as mulheres comandam apenas quatro de 27 tribunais eleitorais. Justamente o órgão que julga ações para garantir maior participação do sexo feminino na política.
O leitor verá um informe divulgado pelo Lesfem (Laboratório de Estudos de Feminicídios) que mostrou um triste número: o Brasil registrou em 2023 4,7 feminicídios por dia.
Além disso, são muitas as pesquisas que mostram que no mercado de trabalho as mulheres continuam ganhando menos que os homens, mesmo quando elas têm a mesma qualificação e experiência.
Na política, a discrepância é avassaladora. Existe uma distância enorme até que o país consiga melhorar a representatividade feminina em todos os níveis de poderes, do Executivo ao Legislativo.
Em casa, as mulheres ainda realizam a maior parte do trabalho doméstico e cuidado de familiares não remunerado. Fato que muitas vezes afeta as oportunidades delas de avançarem na carreira e dedicarem tempo ao desenvolvimento profissional.
O 8 de março precisa ser uma celebração pelas conquistas já alcançadas pelas mulheres. Mas precisa ser uma data de reflexão e, principalmente, de conscientização para promover as mudanças que ainda são necessárias e para que se lute para o fim de todos os tipos de discriminação e violência contra o gênero feminino.
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