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Opinião 5m de leitura

EDITORIAL - Cabe à ciência a decisão de relaxar medidas contra a Covid

ATUALIZAÇÃO
08 de março de 2022

Folha de Londrina
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No mês em que a pandemia do novo coronavírus completa dois anos, o mundo superou a marca de 6 milhões de mortes por Covid-19. A contagem é baseada nas pesquisas da universidade norte-americana Johns Hopkins. O marco anterior de 5 milhões de mortos foi registrado em 1º de novembro de 2021. Isso mostra que o último milhão de vítimas fatais foi alcançado em apenas quatro meses. Pode ser um número mais lento do que a escalada da doença em 2021, mas um índice alto evidenciando que não dá para abrir mão de todas as armas de prevenção ao coronavírus.

 

Só que uma análise feita por uma equipe da revista inglesa The Economist estima que, devido às subnotificações de casos e mortes, a cifra mais próxima da realidade esteja entre 14,1 milhões a 23,8 milhões de vítimas. 

O Brasil é o segundo país com mais mortes pelo novo coronavírus, passando de 650 mil, segundo a Johns Hopkins. Os Estados Unidos continuam na liderança do ranking dos países com maior número de vítimas fatais pela Covid-19: 958 mil óbitos. Na sequência estão Índia (515, 1 mil) Rússia (349,2 mil) e México (319,9 mil). 

Quanto ao número de casos em todo o mundo desde o início da pandemia, ele passa de 446 milhões, ainda segundo a Johns Hopkins. 

O avanço da vacinação vem reduzindo número de casos e óbitos, mas a variante ômicron preocupa e a distribuição desigual das doses de imunizantes pelo mundo oferece risco de novas cepas surgirem. 

Segundo a plataforma Our World in Data, mas de 10,8 bilhões de doses da vacina contra a Covid-19 foram aplicadas em todo o mundo e 63% da população mundial recebeu ao menos uma injeção enquanto os que completaram o primeiro ciclo vacinal atingiu 56%. 

Com as altas taxas de imunização, vários países começaram a relaxar as restrições contra o coronavírus, como foi o caso da Dinamarca, Noruega, Suécia, Reino Unido e Austrália. No Brasil, o Rio de Janeiro começou a flexibilizar as medidas, assim como Santa Catarina e Distrito Federal. 

No Paraná, a decisão da  Sesa (Secretaria Estadual de Saúde) é de cautela e a possibilidade de flexibilizar ainda mais as restrições pode ocorrer somente no fim do março ou início de abril. O secretário Beto Preto disse que pretende esperar pelo menos 15 dias após o encerramento do Carnaval para discutir o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras. 

A cautela é uma atitude coerente da Sesa. Cada estado tem a sua realidade e melhor deixar nas mãos dos cientistas o processo de flexibilização das restrições. É claro que não será possível pensar em uma volta ao que era antes porque as epidemias e pandemias provocam mudanças na forma de vida da população. Com a cólera, aprendemos a cuidar melhor da água que bebemos; com a Aids mais pessoas passaram a usar camisinha na hora do sexo para evitar o contágio; e a pandemia da Covid-19 nos fará repensar várias coisas no nosso cotidiano, como a higiene das mãos e até mesmo usar mais a tecnologia para trabalhar e viajar.  

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