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Folha Vest 5m de leitura

Construção textual é decisiva na prova específica do Vestibular da UEL

Além do conhecimento na área escolhida, candidato precisa saber como responder com clareza as perguntas discursivas, orienta coordenar do

ATUALIZAÇÃO
27 de fevereiro de 2023

Rafael Fantin - Especial para a FOLHA
AUTOR

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Com o retorno do Vestibular da UEL (Universidade Estadual de Londrina) em duas fases após as adaptações realizadas durante as edições em único dia nos anos de pandemia, a língua portuguesa e a construção textual voltam a ter um peso decisivo na segunda etapa do processo seletivo, que será realizado nos dias 2, 3 e 4 de abril.

Se o primeiro dia é dedicado, exclusivamente, para os exames de português, literatura e redação, o segundo dia é reservado para os conhecimentos específicos, conforme as áreas relacionadas aos cursos de graduação com perguntas discursivas, o que mantém a construção textual e a escrita formal como um dos protagonistas da segunda fase.

“A questão discursiva não deixa de ser a construção de um texto. Então, o candidato deve encarar como se fosse a construção de uma redação. Não é só mostrar que ele sabe o conteúdo ou conceito que está sendo pedido, mas construir a resposta de maneira coerente e compreensível”, ressalta o coordenador do ensino fundamental e médio do Colégio Marista de Londrina  Nilson Douglas Castilho.

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Ele ainda destaca que a construção textual não significa apenas uma prosa do começo ao fim, mas uma resposta que transmita o conhecimento do aluno com clareza em diferentes áreas, até nos cursos de Exatas. “Um cálculo de física, matemática ou química precisa estar inteligível e bem organizado para que o corretor possa entender o raciocínio, seja a resposta em prosa tradicional ou em forma de cálculo”, explica.

Castilho deu algumas dicas para os candidatos na prova específica, que é eliminatória, ou seja, aluno não pode zerar o teste, que ainda exige uma pontuação mínima que varia de acordo com a graduação escolhida. Ele aconselhou a identificação do “comando do enunciado”, normalmente, em forma de um verbo como identifique, complete, aponte ou relacione. “Sugiro grifar esse verbo, pois ele que vai revelar qual a operação mental que precisa ser desenvolvida no texto”, comentou.

Na avaliação dele, a questão discursiva precisa ter “informatividade”, trazer algo novo, para mostrar ao corretor da prova que o aluno sabe o conteúdo e que, ao mesmo tempo, também soube como construir a resposta. “Então é preciso saber o que escrever e como escrever. Não adianta tentar encher de ideias desconexas, pois o texto precisa estar bem conectado e bem escrito”, analisa.

Castilho também sugere que uma boa forma de começar a resposta é fazer uma paráfrase do enunciado e depois apresentar o conhecimento pedido. “Por exemplo, se a pergunta for: quais as estruturas de um ser vivo? Ao invés de responder em tópicos, o candidato deve fazer um texto. ‘As estruturas do ser vivo são’ e coloca-se as respostas pedidas. Ou seja, a partir do enunciado se começa a construção”, exemplifica.

O coordenador alerta que o aluno deve responder sempre da esquerda para direita, de cima para baixo, não usar estruturas como sim ou não, seguido do conector, “pois”, porque sim e não já são explicativos. “Evite utilizar os mesmos conectores. Não é errado usar o ‘mas’, o ‘e’ ou o ‘porém’. Mas, um texto bem escrito revela um aluno que tem uma complexidade maior. Com o uso do conhecimento, ele consegue desenvolver um pensamento de maneira mais complexa”, acrescenta. Outra dica é não responder em tópicos, sintetizar o texto com foco no mais importante e não perder tempo na construção da paráfrase inicial.

LÍNGUA PORTUGUESA

Castilho salientou que a língua portuguesa é um instrumento que atravessa todas as outras áreas e que, por meio da linguagem, o ensino e o aprendizado são concretizados. “O texto revela muito quem você é, por isso a redação tem muito peso. Em uma questão de múltipla escolha, eu até posso saber o conceito e assinalar a resposta correta”, comparou o coordenador, que ainda lembrou que a ortografia, pontuação, construção textual e outros elementos podem influenciar a nota final, mesmo que não seja uma prova de língua portuguesa.

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