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Folha Rural 5m de leitura

Da cor da esperança

ATUALIZAÇÃO
10 de fevereiro de 2017


AUTOR

Minha percepção visual, decorrente do fato de amante que sou da natureza, traz à tona minha paixão, prazer e valorização do verde que visualizo à minha volta na viagem que empreendo em pouco mais de noventa quilômetros em região do Norte do Paraná. E registro que, essa cor quer indicar a vitalidade dos vegetais e, como não poderia deixar de ser, sinaliza a vida abundante de alimentos que os agricultores plantaram e, futuramente, esperam colher. Daí a expressão da cor da esperança para esta minha descrição.
Tanta terra nos caminhos que percorro e, aqui e ali, tudo coberto com belos mantos verdes, que apresentam tons verde-avermelhados, verde-prateados, verde-amarelados, verde-amarronzados, verde-azulados e outras derivantes mais, enchendo meus olhos nessa tão bela exposição.
A cobertura vegetal do solo se apresenta, ora no plano horizontal, ora na vertical e noutras vezes, ainda, na diagonal, seja em terraços, curvas de níveis, rampas etc. Todas, técnicas agrícolas que buscam realizar a conservação do solo, evitar erosões, facilitar o escoar das águas bem aproveitando as das chuvas e das irrigações.
A "linguagem agrícola" risca o verde com tamanha graça geométrica que exibem formas muito interessantes em planícies, regiões montanhosas ou depressões.



São riquezas deslumbrantes numa paleta de cores sem igual, onde o verde predomina e onde ele desponta entre montanhas, planícies, vales, rios e reservas florestais legais.
A terra vermelha, abençoada por Deus, traz à superfície a vida em forma de riquezas naturais. Tudo se faz verdadeiro na medida em que Caminha, há muito tempo, afirmou "em nela se plantando tudo dá", tão fértil é.
O mundo vive da agricultura, contudo, a verdura desses mantos nos oferecem além da alimentação propriamente dita, a frescura do ar, a sombra e elementos que são fonte pura a alimentar nossa respiração.
Num grande ou pequeno pedacinho de chão, o agricultor esparrama plantações que se transformam em mantos verdes sagrados a cobrirem a terra vermelha: ali estão nossas fábricas de oxigênio e de alimentos!
Viajante que estou a observar as paisagens, me enleio com os mantos da cor da esperança dispostos em linhas retas, quebradas, curvas ou sinuosas a cobrirem a terra vermelha. Reflito, então, sobre o trabalho dos valorosos agricultores que, trabalhando para o bem comum antes de somente para si, verdejam todo solo nutrindo de esperança o nosso amanhã.

Marina I. Beatriz Polonio, leitora da FOLHA

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