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Folha Cidadania 5m de leitura

Igualdade de gênero longe do alto escalão das empresas

ATUALIZAÇÃO
04 de novembro de 2019

Simoni Saris - Grupo Folha
AUTOR

 

As discussões sobre a presença de mulheres em cargos de liderança nas empresas avançaram, mas a equidade e a igualdade de gêneros está longe de se tornar realidade no ambiente corporativo. Quando se observa o alto escalão das empresas no Brasil, a maioria dos cargos é ocupada por homens. A pesquisa Panorama Mulher 2019, divulgada em outubro, ouviu 532 empresas. Destas, 415 declararam ter o cargo de presidente e nesta amostragem, apenas 13% têm mulheres nessa posição. Na edição de 2018, a participação de mulheres na presidência era de 15%, segundo a consultoria Talenses, autora do estudo realizado em parceria com o instituto Insper. A consultoria também avalia que o quadro é reflexo de uma sociedade organizacional patriarcal e para mudar essa situação é necessário superar barreiras históricas e culturais. 

“Tem também o que a gente chama de viés inconsciente, que é o preconceito. E a organização do próprio ambiente corporativo torna a chegada da mulher nos altos postos mais difícil”, analisou a gerente da Talenses, Carla Fava. Desde a primeira edição da pesquisa, afirmou ela, a percepção é de que quanto mais mulheres presidentes, maiores as chances de terem outras mulheres em cargos de liderança. “Onde os homens são presidentes, fica mais difícil as mulheres, de fato, chegarem lá.” 

Na Quadra Construtora, empresa familiar fundada em Londrina há 33 anos, as únicas mulheres em postos de liderança são a matriarca e as duas filhas. Uma delas é a engenheira civil Fernanda Pires, diretora de Incorporação. Funcionária da empresa há 17 anos, antes de chegar à diretoria, “começou de baixo” e passou por vários setores.  A progressão na carreira, contou, foi conquistada por meritocracia, modelo de hierarquização adotado na empresa.  

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