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Considerada uma máquina perfeita, o corpo humano é tema amplamente estudado na rede municipal de ensino desde a Educação Infantil. De acordo com o nível de entendimento, os alunos são provocados de modo hábil pelos professores a olharem para si, para o outro e compreenderem a complexidade, a beleza e todos os elementos presentes para o funcionamento dessa estrutura.
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Lisossomos, peroxissomos, ribossomos. Sim, somos feitos de células. E cada uma das organelas citadas possuem funções distintas. Assim como cada órgão: coração, pulmões, estômago, intestinos, rins. Todos eles trabalham em plena harmonia e em conjunto. Por este motivo, o organismo de um ser humano é como uma máquina.
CABEÇA, CORPO, JOELHO E PÉ
As Ciências Naturais são fascinantes e, de acordo com as coordenadoras da Escola Municipal Mábio Gonçalves Palhano, Cristiani Arazawa Pinto e Rosangela Maria de Almeida, trata-se de um tema que desperta o interesse dos alunos. Localizada no Jardim Ouro Branco, região Sul de Londrina, a unidade explora o assunto corpo humano conforme as sequências didáticas.
Em maio, por exemplo, as coordenadoras relatam que entre as atividades de 1º de Maio, quando se comemora o Dia do Trabalho, uma das atividades exploradas foi em torno das profissões. "Quando o trabalho do médico veio à tona, destacou-se como é importante o seu trabalho e todos os estudos que esse profissional desenvolve para entender o organismo humano, prevenir, tratar doenças de pessoas em diferentes etapas do desenvolvimento", relatam. "Assim como as especialidades que cada médico tem".
Do P4 ao 5º ano, os alunos exploram o corpo humano de modo rico, apropriado à idade e compreendem a importância de ele estar em movimento. Um carro bonito, parado e sem sair do lugar, enferruja. Logo, terá sua bateria arriada, os pneus ressecados e, de um modo simples, a comparação, nas devidas proporções, cabe ao corpo humano.
Nesse sentido, no decorrer do ano letivo, os estudantes da E.M Mábio Gonçalves Palhano, entenderam - na teoria e na prática, que os cuidados com a saúde incluem realizar atividades físicas não apenas para ficar em forma, mas também para ter mais autonomia com o passar dos anos e, principalmente na velhice.
A relação do ser humano com o ambiente é um dos temas atuais. "Estamos na Primavera e esse é um período de grande interação com a natureza. As flores, as árvores, o clima propício para estar nos parques, ao mesmo tempo em que enfatizamos sobre a responsabilidade que o ser humano tem sobre o ambiente e na prevenção de problemas", explicam.
Cuidar do ambiente inclui manter o quintal limpo. Como grandes multiplicadores do conhecimento, os alunos atuam de modo muito importante. Para os professores, mais do que ver a lição de casa feita e a nota da prova, é importante reconhecer a formação de cidadãos. "Houve casos de crianças com dengue. E todos sabemos como a saúde fica acometida. As dores pelo corpo e todos os efeitos foram relatados pelas crianças que ficaram doentes e, infelizmente, pela dor e pela empatia, as crianças aprendem", observam.
Os temas geradores, segundo os educadores, abrem um grande leque de estudo e, de acordo com o nível de aprendizado, as atividades variam. Para os alunos do 5º ano, sistema circulatório e respiratório rendem. "Tiveram a oportunidade de acompanhar a representação de um pulmão por meio da representação feita com uma garrafa PET e uma bexiga e notamos como isso amplia o conhecimento", comentam.
A informação concreta amplia a imaginação e, quando observam a bexiga se encher e esvaziar e notam o movimento de seus corpos e seus pulmões trabalhando, têm uma outra noção do funcionamento do corpo humano. Na prática, os equipamentos como óculos que permitem observar a realidade aumentada, os tablets e os microscópios ofertados pela Secretaria Municipal de Educação enriquecem o conhecimento sobre anatomia, por exemplo.
POR DENTRO DO CORPO HUMANO
Para os 74 alunos da Escola Municipal Vitório Libardi, situada no Patrimônio de Guairacá, o uso de ferramentas digitais também contribui para os estudos sobre o corpo humano e suas funções. De acordo com a diretora da unidade, Dirce Darodda, os modais oferecem suporte fundamental, principalmente nos dias atuais em que a tecnologia cada vez mais está inserida no cotidiano das pessoas em todo o mundo.
Partindo do fundamento de que conhecer o corpo humano é uma questão de autoconhecimento, Darodda defende também que o aprofundamento, de acordo com o desenvolvimento escolar é necessário. E assim é feito na unidade escolar, conforme o planejamento das sequências didáticas.
Para os alunos do P4, entender que possuem braços, pernas e um corpo é fácil de ser assimilado. Com didática e sensibilidade, chega-se a reações sublimes das crianças. E por que não citar, seus corações? Sim, pois de acordo com a diretora, esse é um órgão que toca as crianças. "Sua importância, como ele funciona, tudo isso as deixa curiosas", cita. O esqueleto humano é também de sacudir a sala de aula dos pequenos e o interesse rende trabalhos capazes de se transformarem em arte.
Os alunos mais velhos da E.M Vitório Libardi, lá pelo 5º ano do Ensino Fundamental, dada a bagagem acumulada também se desenvolvem com distinção. Nessa altura, o cérebro e o sistema nervoso são os que mais ganham a atenção deles nas aulas de Ciências. "Ainda que não guardem os nomes científicos, caminham de modo positivo e com interesse, tornam também as aulas mais proveitosas para todos ao fazerem perguntas, interagirem e terem a vontade de aprender", valoriza a diretora.
ALUNOS ADULTOS DESCOBREM A ANATOMIA COM ÓCULOS 3D
Na Escola Municipal Irene Aparecida da Silva, localizada no Conjunto Habitacional Jamile Dequech, os alunos da Educação para Jovens e Adultos - EJA, também desenvolvem atividades com o tema corpo humano. De acordo com a professora Suellen Suzane Bueno Sim, o interesse pelo assunto é demonstrado.
A turma da EJA, segundo Sim, é formada por uma maioria que já atingiu a terceira idade, mas nem por isso a vontade do conhecimento é menor. "Pelo contrário. Aliás, são muito receptivos e até mesmo quando há oportunidade de usar a tecnologia, comenta. "Gostam de interagir e explorar o corpo humano por meio dos óculos 3D, cita.
A professora ratifica que grande parte dos alunos só agora, nesta etapa da vida, tem a oportunidade de avançar nos estudos. "Moravam no sítio, não tinham incentivo para estudar e precisaram parar contribuir com o sustento da família", revela. Diante de fatores relacionados ao envelhecimento natural, os alunos aproveitam os estudos sobre o corpo humano para compreenderem também uma realidade comum entre os colegas, familiares e o próprio organismo humano.
A redução da agilidade, as limitações da visão, o tratamento do diabetes - seguem da prática para a teoria. Ainda que as mudanças impliquem em cuidados e atenção, os alunos da EJA se sentem privilegiados pela oportunidade de estudar e compreender o que se passa graças ao estudo que recebem em sala de aula.
A professora lembra ainda que os maduros entendem que nunca é tarde para cuidar da saúde e as aulas práticas de alimentação são um sucesso na turma. "Além de fazerem alongamento e dança, alimentação saudável é uma assunto sempre em evidência. A Unidade Básica de Saúde está sempre presente, assim como a nutricionista e essa parceria torna o nosso trabalho mais completo", reflete.
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