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Folha Cidadania 5m de leitura

Copa do Mundo também está presente nas salas de aula

De modo interdisciplinar, teoria e prática são integradas ao evento mundial com propostas para diferentes idades nas escolas municipais

ATUALIZAÇÃO
28 de novembro de 2022

Walkiria Vieira - Grupo Folha
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Copa do Mundo também está presente nas salas de aula

Um universo de conhecimento, os jogos da Copa do Mundo de 2022 são fonte de estudo de diferentes assuntos que integram a grade curricular. Na rede municipal de ensino, é vista como oportunidade de conhecimento.  Sim, por detrás do esporte e do entretenimento, lições para todas as idades. O país de origem de cada time participante, sua localização, hábitos culturais, as cores e significado da bandeira, bem como a ascensão do futebol para as comunidades e seus ídolos. 

De longe, dá para sentir o clima. As escolas estão vestidas das cores da bandeira do Brasil e, além de estarem decoradas com bandeiras e arcos com objetivo de valorização do nosso País, também trazem as bandeiras dos demais países que levaram suas delegações para campeonato de futebol masculino e que reúne referências no esporte. 

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O SONHO DE SER JOGADOR 

Nas aulas de Educação Física da Escola Municipal Luiz Marques, localizada no Distrito do Espírito Santo, o tema futebol foi trazido à tona em razão da Copa e um dos aspectos abordados é o profissionalismo dos atletas. De acordo com a coordenadora da unidade, Inderlinda Yeda Graciano de Souza Maria, os alunos já compreendem que um atleta precisa de muita disciplina, comprometimento e responsabilidade. "E estudar", enfatiza a coordenadora. 

Alunos da Escola Municipal Luiz Marques, do distrito do Espírito Santo, trabalharam também com informações sobre o Catar
 

Democrático, o futebol pode ser praticado por todos: "Demanda muito esforço físico e preparo emocional e nós como educadores reforçamos a necessidade de estudar, pois o esporte não dispensa o estudo", orienta. Assim, os alunos compreendem que o sonho de ser um grande jogador de futebol é possível. "Mas a disciplina é essencial", enfatiza Maria. 

A coordenadora explica também que a Copa é motivo de expectativa para a maioria das turmas, já que dos alunos de 1 a 11 anos de idade, muitos estão acompanhando a primeira Copa. "Estão conhecendo e entendendo. Alguns já estão vestindo as camisetas do Brasil e percebendo que além do time de futebol da cidade, que é o Londrina, tem um ainda maior para torcer", comenta. 

Assim, os professores da escola observam que, para cada ano, a necessidade de uma atividade diferenciada. Enquanto os anos iniciais realizaram as pinturas de bolas dentro dos estudos de Geometria, os alunos do EJA - Educação para Jovens e Adultos - estão produzindo textos do gênero informativo. "O que é Copa, onde fica o Catar, a distância do Brasil, as peculiaridades e aspectos culturais do país-sede", explica a coordenadora. 

O AFETO PELO PAÍS

A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Neman Sahyun, Fabiane Cristina Pirola Dias, também considera que a Copa do Mundo oferece um universo de possibilidades no que diz respeito aos estudos. Assim, todas as turmas, em seus diferentes níveis de desenvolvimento, produziram materiais com a temática. 

Os cartazes com a bandeira do Brasil cercada de corações foram feitos pelos alunos do 1º ano. Associada à disciplina de Matemática, podemos ver os trabalhos com as tabulações e cruzamentos de dados com os jogos do Brasil e os times adversários. Há ainda pesquisa sobre a mascote e sobre o país sede, sua cultura, costumes e localização.  

 

Os 320 alunos matriculados na Escola Municipal Neman Sahyun  são oriundos do Jardim Paraíso, Alto da Boa Vista, Ouro Verde e consideram o futebol um esporte popular e acessível. "Eles estão atentos a essa movimentação da Copa e recentemente tivemos um campeonato de futsal inclusive com as meninas jogando", conta a coordenadora da unidade. 

Segundo Dias, a Copa é de fato um acontecimento e muitas informações compartilhadas nesse momento são de interesse comum e despertam para várias áreas de formação. "Ser patriota, ter espírito esportivo, senso de coletividade são qualidades dar oportunidade para que sejam colocadas em prática é válido", pensa Dias. 

EM CAMPO PARA APRENDER 

A professora Maria Angélica Marchini leciona as disciplinas de História e Geografia na Escola Municipal Carlos Dietz, região Oeste de Londrina, para alunos do P5 ao 3º ano. Ela confirma que o evento mundial de futebol tem sido bastante proveitoso do ponto de vista pedagógico. 

O ânimo dos alunos tem funcionado como verdadeiro combustível para a realização de tarefas. "Separamos momentos para que fizessem a troca de figurinhas repetidas e o álbum está sendo usado para estudarmos as particularidades de cada seleção", explica. A bandeira e os símbolos de cada nação se transformaram em lições na rotina escolar", expõe.

O trabalho conjunto entre as diferentes disciplinas permite que os alunos aprendam e também vivam a Copa como um momento de esportivo e de entretenimento. Em campo, a criatividade dos professores é destaque. "Pelas bandeiras, estudaram a localização dos países, o território e a diversidade cultural", explica Marchini. 

Atentos à tabela de pontuação, jogo a jogo os alunos aperfeiçoam os seus conhecimentos. "Nesse trabalho, o objetivo também é que aprendam sobre as nomenclaturas como pentacampeão e hexa", cita Marchini. "É um trabalho conjunto com as professoras regentes e a experiência tem sido bastante positiva", divide. 

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