Você prefere vinho tinto, vinho branco ou vinho rosé? Essa é uma pergunta muito difícil para quem aprecia a bebida de Baco e de Dionísio. Afinal, a resposta sempre será: depende da ocasião. Não é mesmo? No último domingo, por exemplo, eu precisei abrir um vinho verde Quintal do Portuga de 2014 não apenas porque o clima pedia (almoço, solzinho não tão quente, dia refrescante e pré-cochilo da tarde), mas, sobretudo, porque harmonizava muito bem com o bacalhau com batatas feito por minha mãe. Deu tudo certo!

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. | Foto: Divulgação

Mas, outro dia desses mesmo, num churrasco de dia inteiro com alguns afilhados, a escolha foi bem eclética. Para harmonizar com picanha, fraldinha e alcatra, não necessariamente nessa ordem, fui de tinto, branco e rosé, respectivamente, o português Santa Terrinha, um Finca Amadeu da uva torrontés e o Aurora Reserva com uvas merlot. Vinhos deliciosos, todos super em conta na faixa dos R$ 30 a R$ 40. Valeu a pena cada um deles.

Há quem diga que não gosta do branco porque dá muita azia, porque sente ser muito ácido. Outros torcem o nariz quando o vinho é o rosé, acho que mais por falta de costume do que por experiências desagradáveis. O importante, nesse e em todos os casos com vinho, é sempre dar uma chance: experimentar! É assim que a gente vai conhecendo vinhos novos, uvas diferentes. Às vezes a experiência com uma cabernet sauvignon não foi tão boa. Mas, é precisar dar uma nova chance à uva. A gente sabe que o sabor muda conforme a temperatura, o terroir, a região, a casta, a colheita e tantos outros fatores. Por isso, não podemos simplesmente rotular um vinho como ruim pela primeira degustação que fizemos dele.

O vinho tinto é sempre produzido a partir das uvas tintas. É a coloração da casca que dá a tonalidade do vinho. Já o vinho branco pode ser produzido tanto por um quanto por outro tipo de uva. No caso das tintas, basta retirar a casca. Já o vinho rosé se obtém da produção de ambos os vinhos, com um cuidado na maceração para que se atinja a coloração ideal. Daí por diante, a gente começa a entrar numa seara muito específica, que é a diferença e as características de cada uva. Nesse caso, precisamos de especialistas ao nosso lado. Porque o universo das uvas é grande e variado. E suas possibilidades também.

O importante é que estejamos sempre abertos a experimentar cada uma das uvas e dos vinhos. Assim, pouco a pouco, formaremos nosso paladar e poderemos escolher a que gostamos mais, a que melhor harmoniza com nossos gostos culinários, etc. Vamos degustar juntos?