Seja um garimpeiro

Quantos livros nada interessantes eu já li! E as matérias chatas que fui obrigado a cumprir na faculdade? E as reuniões entediantes de que eu tive de participar? Sabe o que eu fiz para aguentar tudo isso e ainda tirar algum proveito? Eu criei uma técnica. E quero compartilhá-la para que possa ajudar você naquelas situações desagradáveis, porém necessárias ou obrigatórias.

Primeiro, você precisa pensar que é possível extrair valor mesmo de coisas de que você não gosta ou que não são da sua preferência. Depois, imagine-se como um garimpeiro: pés atolados nas margens de um rio, peneirando o barro do fundo das águas, debaixo de um sol escaldante, em busca de encontrar ouro ou uma pedra preciosa. As horas e os dias passam até que, de repente, você encontra uma gema incrível. Então você terá certeza de que todo o seu esforço valeu a pena.

É possível aprender de qualquer coisa a que você olhar em todas as direções neste mundo. O trem ensina que em um segundo pode-se perder tudo. A bicicleta é como a vida.  Quem parar de pedalar, cai. Pois é. A nossa existência está repleta de coisas chatas e entediantes.  Desprezar a chance de extrair o que elas têm de bom, pode ser a perda daquela oportunidade específica que só foi criada para trazer até nós o sucesso que tanto almejamos.

A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a opinião da FOLHA. 

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