EDITORIAS 
Imagine uma escola. Uma escola para adolescentes e jovens. Uma escola diferente: currículo oficial, sim, mas além disso, os alunos aprendem a fazer, aprendem fazendo. E eles são motivados o tempo todo para que tenham iniciativa e não esperem que as coisas sejam feitas.
Há escolas demais que, seguindo a moda, prometem trabalhar empreendedorismo e liderança com seus alunos. No entanto, os sinais emitidos mais comumente por esta geração não demonstram que aquelas propostas tenham produzido resultados que façam a diferença.
Quer uma prova?
Eu convido você a passar alguns minutos em frente a qualquer uma dessas e outras escolas no horário de entrada dos alunos. Você provavelmente verá algo aterrador, como eu vi.
Pais estacionam seus carros e saem para abrir a porta para que os filhos desçam – só não usam um boné de chofer particular.
Os pais retiram a mochila de dentro do porta-malas.
Os pais conduzem os filhos até o portão, carregando a mochila até lá.
E o quadro mais dantesco acontece quando o aluno recebe alguma advertência por não ter feito uma tarefa ou quebrado alguma regra disciplinar. Lá estarão os pais na diretoria em defesa do pequeno injustiçado.
A questão aqui é: se não permitirmos que os nossos filhos desenvolvam a atitude requerida nas mínimas situações do dia a dia, o que esperar de seu desempenho no futuro que num piscar de olhos estará aí?
Contam nos redutos da Internet que ao ser questionado sobre o futuro de Dubai, o governador islâmico Sheikh Mohammed bin Rashid – maior responsável pelo espetacular desenvolvimento desta cidade dos Emirados Árabes –, deu ao repórter uma resposta bem aos moldes da sabedoria do Oriente Médio. Ele teria dito o seguinte:
- “O meu avô e o meu pai andavam de camelo. Eu ando de Mercedes. O meu filho anda de Land Rover e o meu neto vai andar de Land Rover. Mas o meu bisneto vai andar de camelo”.
Sei que você entendeu. Portanto, não perca a imensa e abençoada oportunidade de mudar o seu modelo mental e começar a agir enquanto há tempo!
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