| |

ABRAHAM SHAPIRO 5m de leitura

A revelação dos ungidos

ATUALIZAÇÃO
27 de novembro de 2020

Abraham Shapiro
AUTOR

Se você navega nas mídias sociais, estou certo de que tem se deparado com um contingente  enorme de consultores, coaches – os atores do coaching, mentores, conselheiros e outros serviços de mesma natureza.O fato é notável e até assustador, porque muitos desses tais eram profissionais em áreas que pouco ou nada tinham em comum com o que ora se propõem a fazer.

Será moda? Ou, quem sabe, uma falsa crença em que consultoria e afins dão dinheiro fácil, já que fracassaram naquilo que faziam.Não vou perder o seu e o meu tempo com as causas da  nova onda.A questão, no entanto, é: “Você contrataria alguém cuja proposta se resume a banners bonitos, frases sentimentais e anúncios coloridos nas mídias sociais, sob a promessa de  promover na sua empresa o sucesso que só ele julga saber e você jamais?”No mundo destas  atividades, a coisa mais fácil é dizer ‘o que fazer’.

Para isto, basta ler alguns livros-chaves, artigos de revistas técnicas, assistir a vídeos na Internet, enfim. É simples emitir diretrizes do tipo: "Você tem de fazer isso!"; "Essa é a tendência do momento!"; "Você deve seguir nesta direção".A prova de fogo a esses tais gurus desesperados de última hora encontra-se em solicitar deles o ‘como’. E, para ser mais maquiavélico, eu acrescentaria aí o ‘porquê’.Se o aventureiro souber ‘como fazer’ aquilo que tão categoricamente sugere, e o ‘porquê’  em vista dos resultados esperados, não hesite em contratá-lo. Mas exija o planejamento das ações, o cálculo dos custos de todas as ideias prescritas, a previsão dos impactos, e depois acompanhe, meça tudo e tire fotos do ‘antes’ para que você tenha com que comparar o ‘depois’.Num século em que a coisa mais fácil é  dizer 'o que fazer', a revelação diferencial e absoluta dos verdadeiros ungidos  encontra-se no 'porquê' e 'como fazer'. O restante são apenas efeitos especiais

PUBLICAÇÕES RELACIONADAS