Uma criança de nove anos teve a morte confirmada por Covid-19 nesta semana em Maringá (Noroeste). O garoto morava em Astorga, na Região Metropolitana de Maringá, e vinha apresentando dores abdominais há cerca de 13 dias, conforme o relato de familiares às equipes de saúde.

Imagem ilustrativa da imagem Criança de nove anos tem morte confirmada por Covid-19 em Maringá
| Foto: Geraldo Bubniak/AEN

De acordo com a enfermeira da vigilância epidemiológica em Astorga, Patrícia Fiori, a criança foi internada no Hospital Regional Cristo Rei no dia 21 de dezembro, com queixa de dor abdominal e febre. Pela gravidade dos sintomas de apendicite, ela foi transferida no dia 25 para o HUM (Hospital Universitário de Maringá) via Samu e, em seguida, seguiu para a Santa Casa, onde testou positivo para Covid-19.

O óbito foi registrado às 18h10 de segunda-feira (27). Fiori comenta que o histórico médico revela que a criança estava sendo investigada com uma possível talassemia (forma de anemia crônica hereditária), mas que os resultados não foram concluídos a tempo.

Astorga possui pouco mais de 26 mil habitantes e registrou 4.084 casos e 95 óbitos pela doença desde o início da pandemia. A Vigilância Epidemiológica confirma que esta é a primeira morte de criança no município. O boletim Covid-19 divulgado na terça-feira (28), aponta quatro casos ativos na cidade, sendo três em isolamento e uma internação em enfermaria.

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ÓBITOS EM CRIANÇAS

A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) divulgou que até o dia 24 de dezembro de 2021, a Covid-19 vitimou mais de 2.500 crianças de zero a 19 anos, sendo mais de 300 delas confirmadas no grupo de 5-11 anos, causando ainda milhares de hospitalizações.

De acordo com o texto, a doença em crianças pode ainda ocasionar a chamada Síndrome Inflamatória Multissistêmica, um quadro grave de tratamento hospitalar, que se manifesta semanas após a infecção pelo SARS-CoV-2. Até o momento, já foram confirmados mais de 1.400 casos desta síndrome em crianças (com mediana de idade de 5 anos) no País, com efeito letal em pelo menos 85 crianças e sequelas neurológicas, cardiovasculares e respiratórias em muitas outras.

VACINAÇÃO

Os dados apresentados pela SBP reiteram o posicionamento da entidade, assim como o da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) em defesa da vacinação contra Covid-19 em crianças. No Paraná, o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforçou na segunda-feira (27), a necessidade da oferta da vacina contra a Covid-19, para crianças com idades de 5 a 11 anos, como estratégia para garantir maior segurança, controle da pandemia e imunização para a população.

"O Paraná foi um dos primeiros estados a pedir a vacinação pediátrica para o combate à pandemia. Reforçamos a importância do diálogo com o governo federal e o Ministério da Saúde com respeito. A orientação do governador Ratinho Junior é a vacinação universal e ostensiva, aliada à segurança sanitária para todos os paranaenses.''

A vacinação dessa faixa etária com o imunizante da Pfizer já está liberada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas o Ministério da Saúde decidiu abrir uma consulta pública na última quinta-feira (23). Ela ficará disponível até o dia 2 de janeiro e a expectativa é de que os resultados sejam apresentados no próximo dia 05.

Em Londrina, a secretaria de Saúde liberou, no dia 17 o cadastramento para vacinação contra a Covid-19 de crianças a partir de cinco anos. O registro deve ser feito no site da prefeitura. Apesar do anúncio do município, ainda não existe uma previsão para início da aplicação das doses, que depende do envio do Ministério da Saúde.

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| Foto: ELIOT BLONDET/AFP

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