A positividade dos testes de Covid-19 feitos pelo HU (Hospital Universitário) de Londrina - que em alguns dias chegou a 0% - vem apresentando um leve crescimento. Segundo a superintendente do HU de Londrina, Vivian Feijó, a situação deve servir de alerta. "Todos os dias, o laboratório do HU me envia quantas amostras de testes PCR foram feitas e qual a taxa de positividade. No começou de dezembro chegamos até a 0% e, da metade do mês para cá, nós começamos a ter um discreto aumento da taxa de positividade."

Imagem ilustrativa da imagem Aumento gradual de testes positivos de Covid preocupa superintendente do HU
| Foto: Isaac Fontana - FramePhoto - Folhapress

Esses testes realizados pelo laboratório do HU representam a maior parte dos aplicados em Londrina e são do SUS (Sistema Único de Saúde) coletados em unidades básicas, unidades de pronto atendimento, Santa Casa de Londrina e de Cambé e Hospital Evangélico de Londrina, segundo Feijó.

No dia 23 a taxa chegou a 6,3%. "Por mais que seja discreto, a taxa de detecção tem aumentado", reforçou, lembrando que no auge da pandemia, em maio, o índice chegou a 49,4% dos testes realizados. "Fica o alerta na manutenção dos cuidados através das medidas não farmacológicas e um estímulo a vacinação cada vez maior."

COMPORTAMENTO

Segundo a superintendente, o aumento da positividade é decorrência, em parte, da sensação para a população de que a vida está voltando ao normal. "O vírus ainda está circulando e é visível um relaxamento por parte da população. Eu entendo que as pessoas estão esgotadas e querem se encontrar e ter momentos de descontração, mas algumas condutas devem ser inseridas no comportamento individual. Estamos vendo os shows acontecendo e, de certa forma, em alguns momentos, as pessoas deixaram de se preocupar. Passaram a não cobrar um critério mais rigoroso na entrada ou mesmo da exigência da vacina, ou do uso de máscara na permanência no local com grandes aglomerações", detalhou. " A gente já sabe que a máscara protege sim. O uso da máscara, a lavagem das mãos e o uso do álcool 70% são extremamente importantes no cotidiano de cada cidadão para que a gente ainda possa prevenir a contaminação e diminuir essa taxa de positividade.", acrescentou.

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MOMENTO DE ORGANIZAÇÃO

Questionada se o momento atual é de alívio para as equipes, que trabalharam exaustivamente no ápice da pandemia, Feijó afirmou que o momento é de organização dos processos. E citou como exemplo, nestes dois anos de pandemia, a dificuldade de contratação de pessoal, problema que sempre existiu na área da saúde. "Não é algo fácil de lidar, ainda mais em um momento de pandemia, quando ela se exacerba. Hoje eu posso te dizer que essa questão de pessoal está gerenciada..Nós temos uma taxa de ocupação organizada e temos um serviço que está passando por um período de recesso."

A reportagem tentou contato com o secretário de Saúde de Londrina, Felippe Machado, para repercutir a questão das positivações, mas ele estava em viagem. Não houve resposta por mensagem também.

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