O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, deu entrevista coletiva on-line na manhã desta sexta-feira (27) e falou sobre os testes para coronavírus que estão sendo realizados em Londrina. Os números não mudaram desde o boletim da quinta-feira (26). Em Londrina, são três casos confirmados, 27 descartados e 511 seguem em investigação.

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. | Foto: Fotos Públicas/Alejandra De Lucca V./Minsal 2020

Machado disse que os casos em análise envolvem pessoas que apresentam qualquer síndrome respiratória, pois de acordo com ele, a notificação atende os protocolos do MS (Ministério da Saúde). “Destes, cerca de 60 pacientes colheram exames porque demandam uma maior necessidade de monitoramento e se encontram internados. São recomendações do Ministério da Saúde. Temos em Londrina, exames suficientes para atender esses casos (internados) e chegou uma nova remessa para a 17ª Regional de Saúde. Se o protocolo não mudar, temos testes para mais 20 dias”, disse.

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Machado comentou que alguns laboratórios privados têm enviado resultados negativos dos exames, mas reforçou que muitos não seguem protocolos do MS. “E agora, na rede privada, há a necessidade de um encaminhamento médico para realizar o exame do coronavírus”, apontou, considerando que há um consenso da necessidade de se ampliar os testes.

Internados

A secretaria municipal de Saúde informou que até o momento são 34 pacientes internados em Londrina com problemas respiratórios. Sete deles estão em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Segundo Machado, todos estão com ventilação mecânica, ou seja, respirando por aparelhos.

“Entre elas há uma jovem de 33 anos que chegou recentemente dos Estados Unidos. Dos internados, temos desde jovens a idosos maiores de 60 anos com fortes indícios para a doença. É uma mescla de pacientes e isso mostra que o coronavírus pode atingir também os mais novos e até aqueles que não têm uma doença de base”, apontou, sem dar mais detalhes.

Isolamento

O secretário municipal de Saúde ressaltou que a melhor maneira de evitar um crescimento descontrolado do coronavírus é o isolamento social. “Montamos um núcleo composto por todos hospitais da cidade, a Associação Médica de Londrina, demais entidades e profissionais da saúde para fazer uma análise diária de todo cenário de coronavírus no mundo, com o objetivo de propor à administração pública as medidas a serem adotadas. E as autoridades do mundo inteiro estão falando para todos ficarem em casa. Conforme for a situação, vamos nos preparando para um retorno gradual da sociedade produtiva como um todo.

Disque-Coronavírus

De segunda a quinta-feira (26), o disque-coronavírus disponibilizado pela prefeitura de Londrina através do 0800 400 1234 já recebeu 1.300 ligações. A secretaria municipal de Saúde reforça que o canal tem o objetivo de tirar dúvidas da população antes de procurarem os serviços de saúde. O sinal de alarme é febre (acima de 38 graus), associada a dor no corpo e coriza por 48 horas.

Em Londrina, as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do Maria Cecília, Chefe Newton, Jd. Bandeiras, Vila Ricardo, Ouro Branco, Parque Guanabara e UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Sabará concentram os atendimentos para casos suspeitos.

Casos confirmados

O primeiro caso confirmado em Londrina, uma mulher de 52 anos que esteve na Itália e Na Europa, permanece em isolamento domiciliar e evoluiu bem, segundo Machado. A confirmação da doença foi no dia 17 de março e o exame desta paciente será refeito nos próximos dias, assim como os dos outros dois pacientes confirmados.

Considerando todas as SARs (Síndromes Agudas Respiratórias Graves), de janeiro a março deste ano, o município registrou 75 casos, quase 60% a mais que no mesmo período de 2019 , que teve 47 notificações. De síndromes gripais são 511 entre janeiro e março., um aumento de 400% em relação ao primeiro trimestre do passado.

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