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Política 5m de leitura

Justiça não permite que vereador deixe cadeia para tomar posse em Alvorada do Sul

ATUALIZAÇÃO
29 de dezembro de 2020

Rafael Machado - Grupo Folha
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O juiz substituto Malcon Jackson Cummings, do Plantão Judiciário de Porecatu, negou neste domingo (27) a saída de Diogo Michel Canata da prisão para tomar posse como vereador de Alvorada do Sul (Região Metropolitana de Londrina). A solenidade será na próxima sexta-feira (1º), às 9h. Este será o terceiro mandato do parlamentar, preso desde julho por supostamente comandar uma quadrilha que chefia o tráfico de drogas na cidade. 

 

Mesmo atrás das grades, Canata foi diplomado pela Justiça Eleitoral no dia 18 de dezembro. O advogado de defesa Rafael Garcia Campos justificou que a presença do acusado é importante por causa "das eleições para composição das comissões obrigatórias para o exercício legislativo. Se ele não comparecer à Câmara, poderá perder o mandato que lhe foi confiado pelos eleitores", escreveu na petição judicial. Segundo o defensor, a Lei de Execuções Penais estipula "saídas excepcionais", como é o caso de seu cliente. 

Mas o juiz não se convenceu. Cummings citou que o regimento interno da Câmara de Alvorada do Sul prevê que a posse também pode acontecer até 15 dias após a sessão solene. Para ele, "não há urgência" em permitir a saída de Canata da cadeia. O político foi reeleito como o quarto mais votado do município. Teve 251 votos pelo Partido Liberal (PL). 

O vereador foi preso na Operação Paranapanema, da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), deflagrada em Maringá, Londrina, Rolândia e Iguaraçu, além de Alvorada. Na casa do político, os policiais apreenderam 30 quilos de crack, armas e veículos. Além do tráfico, ele é apontado como agiota e lavador de dinheiro. Na semana passada, a Justiça negou um outro pedido para que Canata voltasse a receber salários. 

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