Reeleito como o quarto vereador mais votado de Alvorada do Sul (Região Metropolitana de Londrina), Diogo Michel Canata vê a cada dia a possibilidade de iniciar o mandato na cadeia se tornar realidade. Nesta terça-feira (15), o parlamentar acusado de chefiar uma organização criminosa que comanda o tráfico de drogas na cidade teve um pedido de liberdade negado pelo juiz Helder José Anunziato, de Bela Vista do Paraíso.

Imagem ilustrativa da imagem Justiça nega liberdade para vereador de Alvorada do Sul acusado de tráfico de drogas
| Foto: Reprodução/Facebook

Canata está preso preventivamente desde a data em que investigadores da Denarc (Divisão Estadual de Narcóticos) bateram em sua porta, na manhã de 8 de julho deste ano. Foi o início da Operação Paranapanema, deflagrada ao mesmo tempo em Maringá, Londrina, Rolândia e Iguaraçu, além de Alvorada. Na casa do político, os policiais apreenderam 30 quilos de crack, armas e veículos. Além do tráfico, ele é apontado como agiota e lavador de dinheiro no município.

A defesa afirmou à Justiça que ele é inocente e "não há elementos que possam ocultar provas, coagir testemunhas ou fugir da aplicação da lei penal". Mas o magistrado se baseou em interceptações telefônicas feitas pela Polícia Civil durante a investigação para manter Canata atrás das grades. Na decisão, há vários trechos em que o vereador conversa com integrantes da quadrilha sobre pontos de venda de entorpecentes.

Os advogados também querem que ele volte a receber salários, suspensos pela Câmara Municipal. As solicitações ingressadas tanto em primeira quanto segunda instância foram negadas. Segundo o Portal de Transparência do Legislativo, cada vereador recebe R$ 4.897,34 de salário bruto. Com os descontos, o líquido cai para R$ 2.862,40.

Filiado atualmente ao PL (Partido Liberal), Diogo Canata teve 251 votos nas últimas eleições, quando foi autorizado pela Justiça Eleitoral a concorrer. O suplente dele, Anderson Borges, do PR, assumiu a vaga até o final deste ano.