| |

Política 5m de leitura

Empresas relacionadas ao deputado federal Ricardo Barros são alvo de investigação em Maringá

ATUALIZAÇÃO
16 de setembro de 2020

Reportagem local
AUTOR

Na manhã desta quarta-feira (16), o MP-PR (Ministério Público do Paraná), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), cumpre mandado de busca e apreensão em empresas relacionadas ao deputado federal Ricardo Barros (PP) em Maringá. A investigação apura crimes de lavagem de dinheiro e corrupção para facilitar negócio no ramo de energia eólica. 

 

A apuração refere-se a fatos ocorridos no final do ano de 2011 e em 2014. No período, Barros foi secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul do Paraná, no governo Beto Richa (PSDB).

Em nota, o deputado Ricardo Barros afirma estar tranquilo e que vai colaborar com as investigações. O parlamentar afirma “sua conduta ilibada e informa que solicitou acesso aos autos do processo para poder prestar mais esclarecimentos à sociedade e iniciar sua defesa”, justifica. 

Em agosto, Barros assumiu a liderança do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, foi ministro da Saúde no governo Michel Temer (MDB) e cumpre seu sexto mandato na Câmara. Ele também foi prefeito em Maringá entre 1989 e 1993. O deputado finaliza a nota dizendo que é “relator da Lei de Abuso de Autoridade e repudia o ativismo político do judiciário.” 

Ao todo, oito mandados de busca em apreensão foram cumpridos em três cidades paranaenses e um em São Paulo. Foram dois em Curitiba, um em Paiçandu e quatro em Maringá, sendo nesta última, um mandado em escritório de contabilidade e três para endereços comerciais onde funcionam quatro empresas. As ordens judiciais foram expedidas pela 12ª Vara Criminal de Curitiba. 

A investigação no MP-PR foi iniciada a partir da remessa de peças por parte do STF (Supremo Tribunal Federal), em novembro de 2019, decorrentes de colaboração premiada feita no âmbito da Operação Lava Jato. 

(Atualizado em 10h58)

PUBLICAÇÕES RELACIONADAS