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Política 5m de leitura

Comissão da Câmara que acompanha pedágio no PR não se reuniu neste ano

Vereadores que integram grupo esperam definição do novo modelo de concessão no TCU

ATUALIZAÇÃO
11 de maio de 2022

Rafael Machado - Grupo Folha
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Comissão da Câmara que acompanha pedágio no PR não se reuniu neste ano

Em dezembro do ano passado, a Câmara Municipal aprovou a continuidade dos trabalhos da Comissão Especial de Acompanhamento do Novo Modelo de Pedágio do Paraná. Mais de cinco meses depois, o grupo, formado pelos vereadores Fernando Madureira (PTB), Lenir de Assis (PT) e Beto Cambará (Podemos) ainda não se reuniu para discutir o assunto. 

O colegiado foi de fato criado em fevereiro de 2021 e durou até o final do ano. Para cumprir o regimento, os parlamentares encerraram as atividades e apresentaram um requerimento para criar uma nova comissão, sugestão aprovada em plenário. A composição é a mesma: Madureira na presidência, Lenir na relatoria e Cambará como membro. 

 

A petista elaborou um relatório parcial de 39 páginas, onde destacou o que considerou "uma massiva manifestação" da Câmara para barrar a instalação de uma praça de pedágio na PR-445. A decisão foi questionada em nota de repúdio endereçada ao governador Ratinho Jr. (PSD). 

EXPLICAÇÕES

No site oficial do Legislativo, consta que a comissão antiga se reuniu três vezes: 17 de fevereiro, 24 de junho e 25 de agosto, sem nenhuma falta dos integrantes. O ritmo não é o mesmo do atual grupo, que não teve nenhum encontro. 

"Vamos avaliar o quê? Temos que esperar a Frente Parlamentar da Assembleia encerrar os trabalhos, ler os apontamentos e aí dar os próximos encaminhamentos da nossa comissão. Será uma leitura acompanhada da assessoria jurídica da Câmara para que não fique nenhuma dúvida. Além disso, fizemos várias reivindicações à ANTT e o TCU", frisou Madureira. 

Lenir garantiu que os vereadores estão acompanhando o caso do pedágio mesmo sem uma reunião formal. "A comissão foi criada como forma de pressionar o governo a não instalar a praça de pedágio na PR-445. Creio que houve resultado porque depois mudaram para o entroncamento com a BR-376, perto de Mauá da Serra. O momento é de vigilância", comentou. 

Os parlamentares têm uma reunião com o coordenador da Frente na Assembleia, deputado Arilson Chiorato (PT), no dia 25 de maio. As concessões chegaram ao fim após 24 anos. A parte burocrática deve jogar os leilões só para 2023. O pacote de rodovias estaduais e federais abrange 2,3 mil quilômetros e outros mil de novos trechos. 

MOROSIDADE

No TCU (Tribunal de Contas da União), o processo também é moroso. A última movimentação foi a decisão de abril do ministro Walton Alencar Rodrigues de estender o prazo para que técnicos analisem o plano de outorga das rodovias do Paraná. 

O Tribunal aguarda documentos da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) que devem chegar até o fim de maio. Enquanto isso, as cancelas das antigas praças permanecem abertas. 

ASSEMBLEIA TAMBÉM COBRA

A Assembleia Legislativa contratou a UFPR (Universidade Federal do Paraná) para realizar estudos sobre o novo modelo proposto pelo governo. O Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da universidade identificou que a forma de concessão pode prejudicar a competitividade de empresas e isolar cidades atingidas pelas praças. As informações também serão compartilhadas com o TCU. 

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