Uma provável proposta de aumento no número de cadeiras da Câmara Municipal de Londrina deve ser divulgada ao público em breve pelo presidente da CML, Emanoel Gomes (Republicanos). A estimativa foi dada pelo próprio chefe do Legislativo, em entrevista nesta terça-feira (1), data da retomada das sessões ordinárias da Casa após o recesso de julho.

“A questão do número de vereadores, eu acredito que nós vamos estar tratando disso, até porque não é apenas com a mesa, a gente vai falar com os demais vereadores. Acredito que, pelos próximos dias, vamos estar trazendo esse assunto a toda a população”, sinalizou Gomes.

Antes disso, no início de julho, o chefe do Legislativo havia apontado que, no recesso, trataria da questão com a Mesa Executiva, mas o tema, conforme Gomes, acabou não sendo levado para a pauta do grupo. O mandatário garantiu que, por ora, não há nenhuma minuta oficializada do assunto.

CINCO SÃO CONTRA

Enquanto isso, a maioria dos vereadores prefere manter silêncio antes de ser oficializado um eventual projeto em relação ao número de assentos – hoje são 19, mas pela Constituição, podem ir para 25 – isso a partir da próxima legislatura, em 2025.

Os cinco parlamentares que já declaram abertamente posição são todos contrários ao aumento: Jessicão (PP), Giovani Mattos (PSC), Mara Boca Aberta (Pros), Roberto Fú (PDT), Santão (PSC) têm adiantado que votam contra. “O projeto pode ser constitucional, mas eu não voto, porque, na minha opinião, não é momento para isso”, afirmou o pedetista.

CML NA UNOPAR

Pendente desde o último semestre, a definição de locação de um imóvel temporário para abrigar as atividades da CML durante a reforma do prédio próprio deve ser concretizada na semana que vem, indicou Emanoel Gomes.

A proposta que está encaminhada, de acordo com o presidente, é a protocolada pela Anhanguera/Unopar no segundo chamamento público para atender a demanda, já que a outra concorrente, o prédio onde funcionava o Instituto Politécnico de Londrina (Ipolon), na Rua Alagoas, não apresentou uma série de certidões.

O espaço oferecido pela universidade particular fica em parte do complexo situado no Jardim Piza, região sul. “Agora é questão de eles terem as certidões tudo certinho e a gente poder avançar com o nosso jurídico, com o jurídico deles”, disse o chefe do Legislativo.

Gomes alegou que o valor do aluguel ainda não foi revelado porque também foi contratada uma avaliadora de imóveis (ao custo de R$ 1,2 mil) para verificar se a oferta inicial condiz com a realidade do mercado.

DOAÇÃO DE 2002 REVOGADA

A retomada das sessões nesta terça resultou na votação de um projeto de lei, além de uma série de pedidos de informação represados nas últimas duas semanas. Enviado pela prefeitura, o PL aprovado (122/2023) revoga a doação de um terreno de 2,2 mil metros quadrados feita há mais de 20 anos, em 2002, para a indústria Luka, do ramo de equipamentos de saúde.

“Não foram cumpridos os interesses públicos. Essa empresa, já em 2002, deixou de cumprir um prazo para fazer as obras”, argumentou em plenário o líder do prefeito Marcelo Belinati (PP), Eduardo Tominaga (PSD).

Programado para ser votado na mesma sessão, acabou retirado de pauta o texto do Executivo que doa uma área de 4,2 mil metros quadrados para a empresa Inove Concertinas. A matéria 257/2021 recebeu uma emenda – a ser avaliada por comissões permanentes – que condiciona o recebimento da área à adesão ao Programa Boa Praça – prática que passou a ser recorrente neste ano.