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EM LONDRINA 5m de leitura

Aprovado em urgência, novo Profis começa em 1º de junho

É a quinta edição seguida do programa que dá desconto para quem deve impostos municipais; líder do prefeito trata medida como exceção

ATUALIZAÇÃO
26 de maio de 2023

Lucas Marcondes
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Aprovado em urgência, novo Profis começa em 1º de junho

Os contribuintes londrinenses terão uma nova edição do Programa de Regularização Fiscal (Profis) à disposição de junho até dezembro. Em votação sem sobressaltos, o Legislativo aprovou por unanimidade, em segunda discussão e redação final, o projeto de lei 87/2023, protocolado na Casa pela Prefeitura há menos de um mês, em 28 de abril. O trâmite acelerado na sessão desta quinta-feira (25) ocorreu porque o Executivo entrou na mesma data com um pedido de urgência para a deliberação.

“Já estamos preparando toda a estrutura da prefeitura para que passe a vigorar a partir de 1º de junho”, adiantou o secretário de Fazenda de Londrina, João Carlos Perez. O programa dá desconto de até 100% em multas e juros de débitos municipais em caso de pagamento à vista. Ainda há como parcelar o tributo de 2 a 19 prestações.

“Tem virado essa estratégia por parte do prefeito, mas é exatamente esse recado que a gente tem que dar: tem que ser uma medida extraordinária. Que não fique esse recado para o cidadão: ‘Olha, vale a pena você atrasar, porque depois vai ter Profis'. A gente não tem garantia nenhuma de que no próximo ano, por exemplo, teremos Profis”, afirmou o líder de Marcelo Belinati (PP), Eduardo Tominaga (PSD).

Ao mesmo tempo, essa será a quinta edição consecutiva do Profis em Londrina. Tominaga ponderou que o programa tem sido recorrente nos últimos anos, segundo ele, “diante de várias situações, crise econômica, [pandemia de] covid-19.”

R$ 43 mil ao mês para FG

Também na sessão desta quinta-feira, acabou aprovado em primeira discussão o projeto de lei 18/2023. Enviado pela Prefeitura, o PL cria 23 vagas dentro da estrutura das secretarias de Governo e de Recursos Humanos, da Ouvidoria-Geral e da Procuradoria-Geral.

O texto teve 17 votos favoráveis e 2 contrários. A rejeição partiu dos vereadores Mara Boca Aberta (Pros) e Santão (PSC). O parlamentar lembrou do déficit de servidores para dar conta de demandas da população em setores como saúde e segurança pública. “Talvez eu precisaria visitar as secretarias para que meu voto seja ‘sim’. A gente precisa de prioridades. A população clama por um melhor atendimento na atividade-fim”, criticou durante discurso em plenário.

De acordo com o assessor da pasta de Governo, Alexandre Trannin, a modificação não resultará em novos gastos para os cofres públicos municipais, já que utiliza os R$ 45.107,36 provenientes da extinção de três cargos para bancar os R$ 43.538,84 que, por sua vez, serão alocados no pagamento das novas funções gratificadas. Os valores são mensais.

“A função gratificada faz jus à responsabilidade que ele [servidor] assume ao tornar-se um diretor, gerente ou coordenador. O que a administração vai fazer é tirar o dinheiro que gastava com um cargo para pagar a função dos órgãos que estão sendo criados”, destacou Trannin.

“Algumas secretarias têm deficiência nessa estrutura. Às vezes se tem só diretoria, ou a gerência não tem coordenadorias. O objetivo é criar uma estrutura completa, de diretoria, gerência e coordenadoria”, acrescentou.

Procuradoria quer incentivar protagonismo da mulher na política

Ainda nesta quinta-feira (25), em votação unânime, os vereadores aprovaram em primeiro turno a criação da Procuradoria Especial da Mulher na Câmara Municipal de Londrina (CML). A nova estrutura consta no projeto de resolução 04/2022, apresentado durante o mandato da Mesa Executiva anterior.

Uma das entusiastas da proposta, Professora Sonia Gimenez (PSB), disse que, além de receber denúncias de violência contra a mulher, o setor também atuará de forma propositiva, buscando fomentar a adesão feminina à política institucional.

“Vamos acolher essa denúncia, acompanhando o processo e dando uma resposta. Vamos ter um conjunto de dados para alimentar uma plataforma estadual. Vamos trabalhar também incentivando as mulheres a participarem mais da política e incentivando as mulheres a conhecerem mais os seus direitos.” 

Gimenez assegurou que a iniciativa não trará novas despesas, já que o intuito é utilizar um servidor da CML na Procuradoria. “Toda vez que tiver um caso de denúncia, essa pessoa vai estar nos auxiliando como um assessor”, declarou.

Quando a matéria for aprovada em definitivo, será eleita uma procuradora entre as sete vereadoras de Londrina. Conforme Gimenez, o Legislativo criará um canal específico para receber as queixas ligadas ao tema. 

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