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Opinião 5m de leitura

Opinião do Leitor: A mágica da mudança

ATUALIZAÇÃO
10 de novembro de 2023

Juliano Schiavo
AUTOR

Daquilo que confunde, distância. Daquilo que nos direciona, proximidade. Se por algum motivo estiver diante de um horizonte que traz névoas, é melhor seguir por outro caminho: na confusão, reside o perigo; a possibilidade de se chocar com agruras desnecessárias. E seguir em frente em ambientes hostis é uma escolha. Mesmo sabendo que certos caminhos não são para nós, muitas vezes queremos seguir pela teimosia de tentar mudar o que não se pode mudar.

Empregos que nos sufocam; amizades que já não nos cabem mais; locais que não nos sentimos pertencer; relações que só sugam; projetos que já não nos emocionam: em cada um desses pontos há uma neblina e, por medo de mudarmos de direção, seguimos enfrentando uma corrente caudalosa. No final, perdemos a força. Sem forças, nos afundamos em nossas próprias escolhas baseadas na insistência do que não nos cabe, mas queremos forçar para que continue da forma como idealizamos. Sonhar é preciso para seguir em frente; se perder em ilusões jamais deve ser uma meta.

Somos mágicos: nossa força é imensa, pois temos o poder de escolha para seguirmos por outras rotas. Mudar é sempre necessário, por nós. Não há pessoa alguma que consiga nos ajudar a sair de um problema se não houver a nossa vontade. Podem nos oferecer a mão, nos apoiar, dar conselhos; mas se não quisermos realmente sair do redemoinho de nossas próprias escolhas e seguirmos adiante, não há mágica que consiga resolver.

É importante lembrar que somos vítimas de nossas próprias decisões. Querer culpar outros por insistirmos em erros é como querer tomar a água do mar para matar a sede. Mudar dói, por ser um processo de ruptura. Mas insistir no que não nos cabe nos tira possibilidades de vermos novos horizontes. A iniciativa de mudar está apenas em nós mesmos.

Juliano Schiavo, escritor, jornalista e professor de Americana. É autor dos livros Tapa na Cara e O Menino que Semeava Histórias. 

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