Em relação ao preço das passagens aéreas no Brasil, vale a máxima do "céu é o limite". Na última semana de março, algumas companhias aéreas haviam avisado que iriam reajustar o preço das passagens de avião pelo país e, na época, falava-se em um aumento de 25% a 30%. Os motivos seriam a Guerra na Ucrânia e o aumento no preço do querosene de aviação. Mas na primeira semana de abril o consumidor que procurou uma passagem de avião encontrou valores muito salgados.

Um levantamento realizado por uma empresa especializada em busca de viagens mostrou que o preço médio das passagens aéreas no Brasil subiu até 62% de janeiro a março deste ano, considerando ida e volta. Para especialistas, um componente veio somar ao preço do combustível, puxando ainda mais pra cima o valor da passagem: a maior procura por viagens após a flexibilização das restrições impostas durante a pandemia.

À reportagem da Folhapress, as maiores companhias de aviação comercial afirmaram que o preço das passagens é dinâmico e culparam a alta do petróleo, que acabou pressionando principalmente pela alta do querosene de aviação.

Entre as 20 rotas nacionais mais buscadas, os voos para Brasília foram os que sofreram o maior reajuste (62%). As passagens para a capital federal custam em média R$ 1.052 (ida e volta), considerando voos com origem em todo o país até 31 de dezembro de 2022.

Na sequência do ranking de aumento de preços de voos domésticos estão Florianópolis (51%), São Paulo (49%), Navegantes (49%) e Rio de Janeiro (47%). A capital paulista é o destino interno mais procurado e as passagens custam agora, em média, R$ 1.021 (ida e volta).

Dentre os 20 principais destinos internacionais, Barcelona, na Espanha, foi o voo com o maior reajuste (32%). Uma passagem para a cidade catalã custa em média R$ 4.541 (ida e volta).

O único voo da lista que ficou mais barato foi para San Carlos de Bariloche, na Argentina (-3%). Simulações feitas pela reportagem no dia 5 de abril dão conta de que pra muita gente, a tão sonhada viagem no feriadão de Páscoa terá que esperar. A passagem mais barata entre o Rio de Janeiro e São Paulo (a chamada ponte aérea) custava R$ 1.569 com a ida na sexta e volta no domingo da Semana Santa.

Em 2016, o setor aéreo passou por algumas mudanças no intuito de baratear o preço das passagens e uma delas foi a possibilidade de cobrança pelo despacho de bagagens. Não surtiu efeito, talvez porque o país entrou em um redemoinho econômico em que inflação e a pandemia superaram qualquer índice reduzido por conta da cobrança por despachar malas.

Quem esperou que a pandemia da Covid-19 arrefecesse para alçar voos Brasil afora pode acabar decepcionado: fez tudo certo, esperou a flexibilização das medidas de restrição, tomou vacinas, mas esbarrou no preço das passagens.

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