A Folha de Londrina traz nesta quarta-feira (6) grandes histórias de superação. A primeira mostra o esforço de haitianos que deixaram a terra natal e chegaram a Cambé, na Região Metropolitana de Londrina, em busca de melhores condições de vida. Agora, eles se empenham em aprender. Passaram a frequentar um curso de português para, assim, terem mais chance de conseguir um emprego melhor e se comunicar com os brasileiros.

É o caso de Patrick Fede, 32, que é graduado em economia e tem planos de voltar a trabalhar na área administrativa desde que chegou no Brasil, há pouco mais de dois anos. Ele é casado e a primeira filha dele, de 1 ano e dois meses, nasceu em Cambé. A família mora em uma pequena comunidade formada por quase mil haitianos.

Esse número representa quase 1% da população de Cambé e revela uma demanda emergente de política públicas para acolher e incluir o grande número de imigrantes que o município tem recebido na última década. Representantes do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) Santo Amaro e da Cáritas, que atendem às famílias estrangeiras, revelaram à reportagem que a maior preocupação deles é acessar o mercado de trabalho e, por isso, o grande desafio a vencer é a barreira da língua.

"Meu desejo é fazer uma outra faculdade, talvez em administração, ou mesmo uma especialização para buscar melhores oportunidades de trabalho”, conta Fede.

A outra história vem de Cascavel, onde Elaine Luzia dos Santos, 33, que perdeu os movimentos e a fala devido a um Acidente Vascular Cerebral, vai se formar, em maio, no curso de medicina da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná). Foi no terceiro ano do curso que a moça sofreu o AVC que a levou a tetraparesia.

Mas com ajuda de uma “prancha alfabética”, que consiste em uma tabela, dividida em cinco linhas, cada uma contendo um grupo de letras, Santos pisca e a intérprete diz a letra necessária para a construção daquilo que quer comunicar. A superação, nesse caso, não foi apenas da estudante, mas de familiares, amigos e professores que se adaptaram a uma nova realidade. E agora, ela se volta para o próximo sonho, especializar-se em radiologia, seguindo um trabalhando que já vem se destacando durante o curso: a produção de laudos médicos.

Quando falamos em superação, muitas vezes lembramos de atletas olímpicos batendo recordes e superando marcas. Também é isso e muito mais. A superação tem a ver com a capacidade de conquistar e essa conquista pode vir no aprendizado de uma nova língua, na conclusão de um curso superior ou em pequenas vitórias do dia a dia.

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