Quando se fala em poluição, muito se lembra da sujeira, da impureza do ar e do lixo nos mares e rios. Mas existe uma poluição que não se vê, mas se ouve. É a sonora, capaz de gerar tantos problemas à saúde das pessoas quanto os outros tipos.

Não é novidade que nossa sociedade é barulhenta. É um problema comum em qualquer cidade de médio a grande porte no mundo. A questão que tratamos aqui é a intensidade do barulho, que é medido em decibéis, e as leis municipais têm uma escalada de níveis de barulho aceitos em diferentes horários do dia e da noite.

Londrina convive com vários problemas relacionados à poluição sonora, um tema que está bastante presente em reportagens da Folha de Londrina. Há poucos dias, um caso ganhou repercussão na cidade. A aglomeração de pessoas na frente de bares e carros com som alto na Rua Paranaguá, na área central, tirou o sono e a tranquilidade de muitas pessoas que moram naquela via ou em suas imediações.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Poluição sonora e risco da Covid-19
| Foto: Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress

As reclamações do barulho na Rua Paranaguá não são novas e há denúncias já feitas às autoridades, como o Ministério Público. Mas em época de pandemia da Covid-19, a aglomeração de pessoas fazendo barulho tem um agravante: a transmissão do novo coronavírus.

Um vídeo de uma multidão sem máscaras na Rua Paranaguá circulou pelas redes sociais no último fim de semana e mostrou desrespeito às regras da Vigilância Sanitária quanto à prevenção da Covid-19. Como já aconteceu outras vezes, forças de segurança precisaram intervir para dispersar as aglomerações.

A Polícia Militar chegou a fazer uso de bombas de efeito moral e de balas de borracha durante a operação. De acordo com o 5º Batalhão da Polícia Militar, o uso dos recursos se fez necessário após recusa das pessoas em deixar a a Rua Paranaguá.

A situação está tão crítica que o presidente da regional da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Leonardo Leão, pediu que o poder público reforce as fiscalizações. É inaceitável que essa situação continue a se repetir na Paranaguá ou em qualquer outra rua da cidade. Para tanto, a fiscalização tem que continuar de forma rígida e frequente com aplicação de multas a quem desobedecer. Muitas vezes, a conscientização acontece quando se mexe no bolso do cidadão.

É fato que a população está exausta do isolamento social, especialmente os jovens. Mas a vacinação avança e há previsão do imunizante ser aplicado nos adolescentes do Paraná em outubro.

Quanto mais cai o número de casos de Covid-19, mais próximo estaremos de voltar a nos reunir socialmente e em eventos públicos com liberdade. Por enquanto, desrespeitar as normas vigentes, como o uso de máscaras e o toque de recolher, nem pensar. É a saúde de todos que está em risco.

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