Estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) diz que já somos mais de 213 milhões de pessoas vivendo no Brasil. O estudo tem 1º de julho como referência e foi divulgado nesta sexta-feira (27). O número apontado pelo instituto é 213.317.639 habitantes - em 2020, a projeção era de 211,8 milhões de pessoas.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Censo e cidadania
| Foto: Lucas Lacaz Ruiz/FolhaPress

Ainda segundo estimativa do IBGE, Londrina chegou à marca de 580.870 de habitantes em 2021 (em 2020 era 575.377), e o Paraná 11.597.484 de habitantes (11.516.840 é o número do ano passado).

O último censo foi realizado em 2010 e a pandemia atrapalhou a aplicação de uma nova pesquisa, que estava prevista para 2020. E o contingenciamento de recursos financeiro para o combate à Covid-19 obrigou o governo federal a cancelar mais uma vez o censo este ano, lembrando que o STF (Supremo Tribunal Federal) precisou interferir para que os dados completos sobre a população brasileira fosse levantado pelo IBGE no ano que vem.

Em seu portal, o IBGE define o censo como sendo o "conjunto dos dados estatísticos dos habitantes de uma cidade, província, estado, nação". É a única pesquisa que visita todos os domicílios brasileiros espalhados em todos os estados da federação. O objetivo é conhecer a situação de vida da população por meio de uma ação gigantesca que envolve mais de 200 mil pessoas.

O censo já era realizado desde a Antiguidade, em muitos lugares do mundo, como na China. O mesmo acontecia durante o Império Romano. Jesus teria nascido em uma manjedoura porque seus pais, Maria e José, viajavam para Belém para responder ao censo ordenado pelo imperador romano César Augusto.

Essa última estimativa do IBGE, divulgada na sexta-feira, desconsidera o fator pandemia nas estatísticas da população brasileira. A consequência da Covid-19 aparecerá no censo demográfico do ano que vem. O instituto planeja começar a aplicar os questionários nas residências dos brasileiros em junho de 2022, um trabalho de campo que dura cerca de três meses.

O censo é inegavelmente a mais importante pesquisa estatística do país. Ele é fundamental para qualquer decisão, pública ou privada, baseada em fatos. Por isso, precisa ser realizado com a maior abrangência e qualidade de dados possíveis. Mais do que revelar o total de habitantes, o censo permite mapear o perfil socioeconômico do país para que o poder público possa desenvolver políticas públicas e distribuição de recursos.

Normalmente, semanas antes do início do trabalho de campo, o governo federal realiza intensa campanha de conscientização por meio dos veículos de comunicação incentivando a população a participar e responder com atenção o questionário. Espera-se que isso aconteça em 2022 também. Acima de tudo, o censo é um exercício de cidadania.

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