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O Ministério Público concluiu nesta terça-feira (1º) que o motorista que atropelou o ciclista Edson Rossato de Oliveira, 48 anos, na zona sul de Londrina deve ir a júri popular. O acidente aconteceu em fevereiro de 2018 na rodovia Mábio Gonçalves Palhano, perto da PR-445, nas imediações do Catuaí Shopping. A vítima voltava de uma pedalada noturna com outros 22 amigos quando foi atingido. Ele foi levado pelo Siate em estado grave para a Santa Casa, onde passou por uma cirurgia no mesmo dia. Porém, por causa da gravidade, morreu logo depois.
A solicitação ainda está sendo analisada pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Paulo César Roldão. Segundo a Polícia Militar, o condutor dirigiu bêbado e em alta velocidade com seu Honda Civic. Após a batida, fugiu do local sem prestar socorro. Na denúncia apresentada à Justiça, o promotor Ricardo Domingues incluiu trechos do interrogatório do acusado prestado na delegacia. Conforme o conteúdo da oitiva, ele disse que "não tinha ideia da velocidade que estava trafegando, mas não era tão alta pois os fatos ocorreram em um aclive e havia acabado de fazer uma rotatória".
Para justificar a necessidade do júri, o MP citou partes dos esclarecimentos dados pelo motorista durante as audiências do processo. Ele "alegou ter bebida apenas três cervejas" e que "seu veículo, no momento da colisão, trafegava em uma velocidade de cerca de 60 km/h". Diante dessas provas, "é evidente a intenção de eximir-se da responsabilização criminal", entendeu Domingues. Segundo o promotor, "o réu assumiu o risco da morte ao trafegar em velocidade incompatível com a via".
A reportagem procurou e aguarda retorno da defesa do motorista, que respondeu a acusação em liberdade. O Ministério Público quer que ele seja julgado por homicídio doloso, quando há intenção de matar, e por ter fugido do acidente. A morte de Edson Rossato foi lembrada por colegas em pedaladas promovidas por Londrina.