A Arquidiocese de Londrina publicou decreto com medidas de enfrentamento ao coronavírus. Entre os itens estão a suspensão de atividades como catequese, reuniões pastorais, escolas arquidiocesanas, mutirões de confissões e visitas dos ministros aos enfermos. A celebração das missas está mantida. Porém, com público de até 50 pessoas.

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. | Foto: Saulo Ohara/Grupo Folha

Para isso, o Arcebispo de Londrina, dom Geremias Steinmetz, espera contar com a compreensão e a colaboração dos fiéis. “Não é uma questão de briga, de levar a polícia para evitar que alguém entre na igreja. Não é isso. As igrejas continuarão abertas, mas as pessoas deverão também ter a consciência de que elas também têm que se proteger. Em ambientes com muita gente, as pessoas não podem ficar, especialmente aquelas que já fazem parte de algum grupo de risco”, frisou.

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Quando possível, as paróquias poderão aumentar a quantidade de celebrações para reduzir o número de fiéis em cada missa. Algumas igrejas já transmitem as missas online para quem não pode acompanhar as celebrações pessoalmente e a arquidiocese vai disponibilizar horários e links para a população. Os fiéis também podem buscar informações sobre os horários das missas nas secretarias das paróquias.

Imagem ilustrativa da imagem Arquidiocese recomenda realização de missas com até 50 pessoas
| Foto: Arquivo FOLHA

O arcebispo ressaltou ainda outras formas de vivenciar a fé por meio da leitura da Bíblia, da oração em família e da prática da caridade. Casamentos e batizados serão realizados, porém, com número restrito de pessoas e com algumas alterações nas celebrações para tentar reduzir o tempo de permanência em grupo.

As confissões poderão ser realizadas de forma individual em ambientes ventilados e arejados. Dom Geremias reforçou também as recomendações já repassadas no final de fevereiro como evitar o aperto de mãos durante a acolhida aos fiéis, evitar dar as mãos ao rezar o Pai Nosso, omitir o abraço da paz, receber a comunhão exclusivamente das mãos do ministro, higienizar as mãos e adotar as precauções alertadas pelas autoridades sanitárias.

“Sem pânico, mas com responsabilidade. Todos nós precisamos disso nesse momento. Se a gente não precisa sair de casa, não sai. Se a gente vai ao mercado, tem que saber que não se pode pegar tudo porque passa, por exemplo, a faltar para outros. A gente tem que apelar muito para o bom senso nesse momento”, ressaltou.

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