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Londrina Esporte Clube 5m de leitura

Síndrome do gol precoce marca derrocada do LEC na Série B

Desde o início do campeonato, o time sofreu gols nos primeiros dez minutos em dez partidas: oito terminaram em derrotas e houve dois empates

ATUALIZAÇÃO
05 de outubro de 2023

Douglas Kuspiosz - Especial para a FOLHA
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Imagem ilustrativa da imagem Síndrome do gol precoce marca derrocada do LEC na Série B

O torcedor Alviceleste não deve ter se surpreendido com a forma como o Londrina perdeu a última partida disputada pela Série B, contra o Mirassol. Em uma falha defensiva, o centroavante Zé Roberto, do Leão, apareceu livre na área para marcar aos 9 minutos. e depois, aos 19, converteu um pênalti que ele mesmo havia sofrido. Os gols sacramentaram a 19ª derrota do LEC na competição. 

Essa leitura foi feita pelo técnico Roberto Fonseca, que disse ter montado uma estratégia focada na velocidade, buscando explorar o potencial dos quatro homens da frente, mas o gol prematuro desmontou essa tática. 

Desde o início do campeonato, a defesa do Turbarão foi vazada com menos de dez minutos em dez partidas, sendo que oito terminaram em derrotas - Vitória, Ceará, Sampaio Corrêa e Novorizontino, no primeiro turno, e Criciúma, Ponte Preta, Ceará e Mirassol, no returno. Esses gols precoces também tendem a desestabilizar o time do LEC, que levou o segundo antes dos 20 minutos em três partidas. 

É um problema crônico porque vem acontecendo desde o início do campeonato, com formações e equipes técnicas diferentes. Contra o Vitória, por exemplo, pela terceira rodada, o Londrina foi vazado aos 7 e 17 do primeiro tempo em Salvador. O mesmo aconteceu na quinta rodada, no empate em 1 a 1 em casa com o Criciúma, quando o tento do visitante saiu aos 9 minutos. Gallo era o técnico - ele foi demitido após a derrota para o Atlético-GO, na sexta rodada.

Quem assumiu o time foi Edson Vieira. Também no Café, contra o Ceará, os gols saíram a 1, aos 16 e 36 minutos; o LEC até descontou aos 48 do segundo tempo, mas a derrota já estava sacramentada. 

Já com PC Gusmão na beira do gramado, a derrota para o Sampaio Corrêa, na 11ª rodada, em São Luís, começou a ser construída com um gol tomado aos 6 minutos de jogo. O jogo terminou 2 a 0.

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O problema voltou a aparecer com o substituto de Gusmão, Eduardo Souza, na 18° rodada. Naquela ocasião, o LEC foi superado em 3 a 0 pelo Novorizontino, que marcou aos 7, 37 e 45 minutos do primeiro tempo. 

Após a saída de Souza, e já com Roberto Fonseca como técnico, a defesa Alviceleste foi vazada aos 3 e 28 minutos do primeiro tempo, no empate em 2 a 2 com o Ituano pela 28ª rodada, e na recente derrota para o Mirassol, pela 31ª. 

PIOR DEFESA

Esses são alguns dos números que evidenciam por que o Londrina tem a pior defesa do campeonato, com 49 gols sofridos, e soma apenas seis vitórias - nenhuma virando o placar.

Apesar de o rebaixamento à Série C ter ficado mais próximo, Fonseca evitou jogar a toalha e reafirmou que o elenco vai buscar a permanência na Segundona. O próximo desafio do Alviceleste é o Avaí, no dia 15 de outubro, no Estádio do Café. O time catarinense é o primeiro fora da zona de rebaixamento, com 31 pontos, e ainda joga nesta rodada contra o Botafogo-SP, no sábado (7). O LEC segue estacionado em 19°, com apenas 24 pontos. 

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