O voo AD2874 da Azul, que saiu do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, por volta das 23 horas desta quinta-feira (27), com destino a Londrina, precisou alterar a rota por causa do mau tempo e pousar em Maringá, a 100 quilômetros de distância.

O piloto sobrevoou o Aeroporto Governador José Richa por duas vezes e chegou a fazer voltas sobre Assaí, à espera de uma mudança no tempo, mas sem visibilidade, foi obrigado a seguir para o Aeroporto Silvio Name Júnior, em Maringá, onde pousou pouco antes da 1h.

Imagem ilustrativa da imagem Mau tempo impede pouso no Aeroporto de Londrina
| Foto: Reprodução/Flight Radar

Nos últimos 30 dias, ao menos outros dois voos tiveram dificuldades de pousar no Aeroporto Governador José Richa por causa do mau tempo. Na madrugada de 30 de dezembro, outro voo da Azul que partiu de Curitiba precisou de duas tentativas para conseguir pousar em Londrina.

Imagem ilustrativa da imagem Mau tempo impede pouso no Aeroporto de Londrina
| Foto: Reprodução/FlightRadar

Por fim, na madrugada de 17 de janeiro, um Boeing 737 da GOL também teve que abortar a primeira tentativa de pouso e só conseguiu completar o voo na segunda aproximação, sob intensa neblina.

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| Foto: Reprodução/FlightRadar

O fechamento constante do Aeroporto de Londrina em dias de condições climáticas adversas traz prejuízos para a cidade, que acaba por perder em competitividade em relação a outras cidades mais bem equipadas.

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A instalação de um sistema de pouso por aparelhos mais robusto no Aeroporto de Londrina é uma cobrança antiga da sociedade civil organizada de Londrina. Outra reivindicação é a ampliação da pista, para oferecer mais segurança nos pousos.

A ampliação da pista do aeroporto foi acordada em documento assinado em 2016 entre a estatal e a Prefeitura de Londrina. À época, o município investiu mais de R$ 73 milhões em desapropriações de terrenos que foram transferidos à União. Entretanto, a melhoria não foi executada pela gestora do aeroporto e não consta no contrato firmado pelo Grupo CCR, que venceu o edital no ano passado para administrar o terminal nos próximos 30 anos.

As melhorias não realizadas no aeroporto são alvo de investigação do Tribunal de Contas da União. O TCU cobra da União uma resposta acerca do acordo de cooperação técnica para ampliação da pista. Em reportagem recente publicada nesta FOLHA, a Infraero respondeu que o acordo "previu expressamente que a realização dos investimentos estaria condicionada à previsão no orçamento da União, o que não restou materializado até o presente momento".

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