A gente sabe que certos tipos de comida harmonizam melhor com determinados rótulos de vinho, muito embora possamos quebrar certos paradigmas e degustar o vinho que quisermos com o prato que preferirmos. Vez em quando, tenho muita vontade de experimentar o prato de um restaurante com o vinho que comprei no supermercado ou de algum fornecedor. Mais que isso: eu compro o vinho pensando naquele item do cardápio. Seria possível fazê-lo? Claro que sim! E a oportunidade está no que chamamos de “taxa de rolha”, cobrada pelos restaurantes para que os clientes possam degustar seus próprios vinhos.

Não é ilegal nem errado. Cobrar do cliente pelo vinho que ele não consome no restaurante é um direito do estabelecimento, assim como também é permitido aos clientes levar seus rótulos ao estabelecimento. Claro que o cliente sente um afago na alma quando a conta não inclui a rolha, ou por um carinho do proprietário, ou por um dia de promoções. No Barraco da Sopa, por exemplo, sempre que levo meu vinho para degustar “ganho” de presente a taxa de rolha. Mas, por outro lado, também tenho vontade de degustar as sopas, os risotos e a porção de pastel de costelinha defumada com requeijão com os rótulos que a casa tem.

Vinho levado ao restaurante deve ser harmonizado com o prato escolhido
Vinho levado ao restaurante deve ser harmonizado com o prato escolhido | Foto: Pixabay

Assim como no restaurante Brasiliano. De vez em quando, eu e meus compadres levamos um ou outro vinho para degustar lá. Normalmente, rótulos que não têm na carta. Mas, também, pedimos os vinhos com os quais o estabelecimento trabalha. Aliás, é elegante poder mesclar o consumo, sendo um “da” casa e outro “de” casa. Alguns estabelecimentos, entretanto, acabam realizando dias de rolha liberada. É o caso do Boussolé Rooftop, do Vittorio Emanuele II e do La Pasta Gialla, que estava com um dia da semana de “open de vinho”, ou seja, ao escolher o cardápio sugerido, o cliente tomaria à vontade o vinho oferecido pelo restaurante. Ainda não consegui ir, será que dá tempo?

De qualquer maneira, quem me conhece sabe que não dispenso um bom vinho com uma boa gastronomia, seja do rótulo que levei ao restaurante, seja o rótulo que eles mesmo têm por lá. Fim de semana passado, a degustação foi de um português com churrasco. Isso mesmo! Enquanto o pessoal estava tomando uma cervejinha ou um chope, eu estava degustando um vinho, mais encorpado, dada a natureza do cardápio. Então, quando escolher levar um vinho ao restaurante (à churrascaria, quem sabe?), procure harmonizá-lo com o que irá degustar, além de conferir se o restaurante não tem o rótulo na carta de vinhos.

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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