Dias atrás voltei a um dos lugares mais charmosos de Londrina e, no cardápio, pedi um item especial que vem direto da França: o croissant. Heloise Mesquita, da Chocolataria (Av. Higienópolis, 449), recomentou o item, aceito imediatamente. Fazia tempo que eu não experimentava um croissant tão gostoso e tão fiel aos da Europa. E, obviamente, o motivo era justamente esse: o item vem direto da França, congelado, e é aquecido no forno aqui, conservando sabor e textura. Uma manteiga e uma geleia para acompanhar são deliciosas, mas nem precisava. Só o croissant mesmo já basta, tão gostoso é!

Dias depois, encontrei um croissant também n’O Armazém Café (R. Belo Horizonte, 701). Muito embora visite a cafeteria com frequência, nunca havia me dado conta da iguaria no cardápio. Devo dizer que o croissant também está muito bem feito, acompanhado de uma geleia de frutas vermelhas. E um cafezinho, claro, em ambas as situações. Sei ainda que há um bom croissant na Nelson Boulangerie (Av. Madre Leônia Milito, 446). Apesar de não ter experimentado, as fotos no Instagram são muito convidativas. Na Hachimitsu (diversos endereços) também tem, mas, eu nunca peço porque lá meu favorito é o salt pan.

É que o croissant na Heloise me desbloqueou as memórias afetivas das últimas viagens em que estive na Europa. Em março do ano passado, em Londres, frequentemente eu passava pelo supermercado antes de iniciar o dia, seja indo para um passeio ou apenas caminhando pelas ruas londrinas. Até mesmo indo trabalhar de dentro de um café, meu pedido era sempre um café com croissant. Acontece que, no supermercado, era possível escolher o pão, que custava entre 75 e 80 centavos de euro, ao passo que numa cafeteria podia chegar até a 2 ou 3 euros.

Por sua vez, quando estive em Frankfurt, em julho, após celebrar um casamento na Itália, tirei o dia para passear na cidade alemã. Antes de tudo, parei uma padaria para comprar meu croissant. E aproveitei para incluir no cardápio a versão com chocolate, que é maravilhosa. Claro que, ao longo do dia, não deixei de experimentar outros itens gastronômicos alemães, mas, é como se não fosse possível começar o dia sem o croissant. Assim como no brunch que tomei com minha tia Helena em São Paulo, no Rosewood Hotel (R. Itapeva, 435), não podia faltar o croissant.

De origem austríaca, lá pelos idos dos anos 1600, o croissant se tornou intimamente ligado à França graças à intrínseca relação entre os dois países, mas, também, por conta da cultura e do hábito do francês. Hoje, o croissant pode ser encontrado no mundo inteiro e nós agradecemos a globalização por isso!