Os frutos do mar têm cada vez mais espaço na alta gastronomia, mas, além dos pratos de luxo, estão conquistando território, também, na culinária do dia a dia. Com o preço da carne bovina nas alturas, alguns itens se tornaram mais competitivos economicamente. Até porque, deixaram de ser os vilões das alergias para assumir o papel de benfeitores da saúde, ajudando a reduzir colesterol, a proteger contra doenças cardiovasculares e a serem ricas fontes de vitaminas. Mas, qual deles você gosta mais?

Não há resposta para essa pergunta. Já contei aqui sobre o camarão, uma iguaria deliciosa. Hoje, quero me deter sobre o polvo e a lagosta, dois apetitosos frutos do mar que aprendi a apreciar com o tempo. Obviamente não se nasce com esse paladar e, dependendo dos hábitos alimentares, demora-se a conhecê-los ou passar a gostá-los. No caso da lagosta, foi assim. Demorei a experimentar. Minha primeira experiência foi no Barô Bistro, aqui em Londrina. Era um prato preparado com molho branco e a lagosta “derretia” na boca de tão macia.

Noutra vez, a lagosta veio um pouco mais rígida e me contaram que a temperatura da água de onde o animal vem interfere na rigidez de sua carne. Se o oceano é ou está muito frio, fica mais durinha. Se a água está ou é mais quentinha, então fica mais macia. Semana passada, o Buffet Planalto serviu uma lagosta deliciosa, junto de um arroz negro, numa festa à qual fui convidado. Ao lado, é claro, daqueles camarões deliciosos que só eles sabem fazer!

Já o polvo, lembro-me de, lá na adolescência, ter experimentado na salada, na casa de um amigo. Depois, fui degustá-lo também no Barô Bistro. Além disso, chego a salivar só de pensar no sashimi de polvo que o Villa Fontana faz, no cardápio japonês. E, sem dúvida alguma, o pato preparado pelo Aurum é um dos campões. Nesse caso, a cozinha mediterrânea predomina, incluindo outros ingredientes e temperos. Dia desses, vi no Instagram de uma ex-aluna e amiga que eles desenvolveram uma entradinha de polvo apetitosa, que me fez comer com os olhos e que eu ainda não conheço. Certamente está impecável.

O fato é que os frutos do mar ganharam novas caras e cores, novas receitas e uma série de possibilidades e alternativas além daquelas tradicionais. Deixaram a beira-mar para conquistar o mundo e o paladar de mais gente. As novas gerações, por exemplo, adaptam-se muito melhor e mais rapidamente a esses itens gastronômicos. Que, aliás, não dispensam um bom vinho branco ou um tinto selecionado.

.
. | Foto: Folha Imagem

* A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.