Não é mera propaganda, é a pura verdade. A carne angus, de fato, tem uma maciez maior que as peças oriundas de outras raças de boi e é conhecida por sua qualidade e suculência. Tal qual o Nelore, tão comum no Brasil e na região de Londrina, a raça Angus é fruto de melhoramentos genéticos. E tem conquistado, cada vez mais, o paladar dos consumidores, não apenas daqueles mais refinados, mas, de todos, sobretudo, porque tem ficado mais acessível graças às promoções de açougues e supermercados.

Imagem ilustrativa da imagem Angus, um corte para além do churrasco
| Foto: Pixabay

Não é tão comum a gente ter à mesa ou à churrasqueira os cortes de angus. Isso porque, indubitavelmente, a raça Nelore é a que domina o mercado brasileiro. Afinal, desde que passou a ser importada da Índia, muitas décadas atrás, adaptou-se bem a todos os tipos de clima encontrados nas mais variadas regiões do país, além da resistência a pragas e doenças, assim como a boa fertilidade.

Por outro lado, a raça angus é mais resistente ao frio e sofre com temperaturas elevadas, dada a sua característica de ter desenvolvido, junto à fibra, depósitos de gordura importantes no aquecimento do animal. Daí, naturalmente, advém a maciez da carne, por exemplo. A experiência vem da prática. Outro dia comprei uma peça de lagarto de angus, uma carne que se localiza na parte traseira do boi e é conhecida, justamente, por ser mais seca.

Entretanto, a peça de angus não precisou de muito esforço para ficar macia, tal qual a que vem do nelore precisa, já que, com pouca irrigação e sem ter gordura entremeada, ela exige um pouco mais de preparo e cozimento. Então, ao pedir a carne de angus, o açougueiro se prontificou a cortar os quase 2 kg em diferentes formatos: peças para bife, cubinhos para strogonoff e cubos maiores para carne de panela. Aqui em casa, já foi tudo. E estou apenas esperando uma nova promoção para comprar mais!

Para além dos cortes do dia a dia, também é indiscutível a qualidade das peças para churrasco: picanha, ribeye (considerado o “olho” da costela), assado de tira (porção mais nobre da costela) e prime rib (costela premium). Os nossos vizinhos argentinos e uruguaios sabem muito bem preparar esses tipos de corte, até porque a raça angus é mais difundida e conhecida nesses países, já que o frio mais intenso deles possibilita uma criação mais comum. Assim, o consumo é mais corriqueiro.

Também é possível experimentar a criação de alta gastronomia com diversos cortes. Mas, para falar sobre isso por aqui, é preciso circular e degustar mais. Você, por um acaso, sabe onde podemos encontrar bons pratos de angus em Londrina?

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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