Quase um mês depois de a FOLHA mostrar a situação da praça de pedágio em Arapongas (Região Metropolitana de Londrina), o cenário não é muito diferente, com exceção dos tapumes de madeira que foram instalados nas cabines. Desde que foi desativado em novembro de 2021, com o encerramento do contrato com as concessionárias em 27 praças de pedágio no Paraná, o local tem sido alvo de vândalos. Mesmo com os tapumes ainda é possível encontrar muito lixo e sujeira no local, assim como estilhaços de vidros.

Imagem ilustrativa da imagem Tapumes são colocados em praça de pedágio de Arapongas
| Foto: Micaela Orikasa - Grupo Folha

As grelhas de ferro dos bueiros e dos poços de escoamento da água da chuva foram furtadas e algumas madeiras foram colocadas como medida paliativa.

Segundo o secretário municipal de Segurança Pública e Trânsito de Arapongas, Paulo Sérgio Argati, essa "solução" não foi de iniciativa da Prefeitura Municipal e nem do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), que assumiu temporariamente a administração das estadas federais, até o encerramento do processo licitatório do novo pedágio, adiado para 2023.

“Não temos conhecimento de quem colocou os gradis de madeira no chão. Possivelmente, um voluntário ou até empresário que passa por ali. A pessoa deve ter visto o problema e buscou arrumar uma solução”, diz Argati. Sem as grades, os condutores temiam sofrer danos nos veículos, assim como ter os pneus furados.

Ainda de acordo com o secretário, tanto os tapumes quanto os gradis de madeira foram instalados no início deste mês. “Na última sexta-feira conversei com a Polícia Militar e, assim como a central da Guarda Municipal, eles disseram que pararam de receber denúncias de vandalismo no local. Os tapumes ajudaram bastante, mas continuamos com os patrulhamentos constantes”, diz.

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| Foto: Micaela Orikasa - Grupo Folha

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PLANO DE AÇÃO

A reportagem da FOLHA informou que um plano de ação vem sendo elaborado pelo Dnit para instalação de “placas para comunicação e acionamento da polícia em casos de crimes contra o patrimônio”. Por meio de nota, o órgão afirmou que um edital foi lançado para contratar empresa para os serviços de manutenção e instalação elétrica nas praças de pedágio, que incluem “fornecimento e instalação de transformador, ramal de distribuição aéreo, entrada de energia, lâmpadas e refletores, cabos, reatores, quadros de distribuição, entre outros serviços necessários para recompor e manter a iluminação nas praças de pedágios e outros pontos nas rodovias federais” do Paraná.

ADIADO PARA 2023

O cronograma de concessão das “Rodovias Integradas do Paraná” foi adiado novamente e os primeiros contratos só deverão ser assinados no primeiro trimestre de 2023. Com isso, a situação de abandono pode se estender em algumas praças de pedágio, a exemplo da situação em Arapongas.

Em matéria publicada pela FOLHA no início deste mês, o Ministério de Infraestrutura afirma que os serviços de manutenção e conservação das rodovias, executados pelo Dnit serão mantidos até que as novas concessões sejam assinadas. Atualmente são 14 contratos existentes nos mais de 1.870 quilômetros que estavam concedidos.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Dnit para atualizar as informações sobre o processo licitatório e foi informada pela assessoria de imprensa que a "demanda está em apuração com a área técnica".

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| Foto: Micaela Orikasa - Grupo Folha

PRAÇA DE JATAIZINHO

Em Jataizinho, também na Região Metropolitana de Londrina, um acordo firmado entre a Triunfo/Econorte (que administrava a praça de pedágio) com o DER/PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná), vem garantindo a conservação do local, mesmo após o fim dos contratos.

A praça de Jataizinho tinha a tarifa mais cara do Paraná com valor R$ 26,40 para veículos de passeio. Em novembro de 2021, a FOLHA publicou que, no caso da Econorte, o trato foi feito em troca de um viaduto não entregue pela concessionária na cidade de Jacarezinho, no Norte Pioneiro.

De acordo com a Econorte, o contrato segue até novembro deste ano para a realização de serviços de guincho mecânico e de ambulâncias para atendimento pré-hospitalar, assim como a manutenção do centro de controle de operações e o telefone para emergências 0800 400 1551.

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| Foto: Guilherme Marconi/Arquivo Folha

Os serviços envolvem o perímetro da PR-153, de Jacarezinho a Santo Antônio da Platina; a PR-323, nas proximidades dos municípios de Sertanópolis e Sertaneja; e o contorno da BR-369, que vai de Ibiporã a Ourinhos, na divisa com o estado de São Paulo. Segundo a empresa, a praça de Jataizinho fica perto da base, o que justifica a presença de um posto de serviços com ambulâncias, carro médico e profissionais em prontidão.

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