Em Jataizinho, motoristas comemoram interrupção da cobrança do pedágio mais caro do Paraná
PUBLICAÇÃO
sábado, 27 de novembro de 2021
Guilherme Marconi - Grupo Folha
Muitos motoristas que trafegaram neste sábado (27) pela BR-369 no norte do Paraná comemoraram com um buzinaço a interrupção da cobrança do pedágio ao cruzar a praça de Jataizinho (Região Metropolitana de Londrina), que tinha a tarifa mais cara do Paraná com valor R$ 26,40 para veículos de passeio. Segundo informações da PM (Polícia Militar), nenhum incidente ocorreu após a abertura das catracas, que iniciou a 0h de sábado nas praças do trecho 1 do Anel de Integração que eram administradas pela Econorte.
Os veículos passaram pelas pistas laterais e as cancelas das pistas centrais foram isoladas. O novo fluxo de tráfego foi organizado, a partir deste final de semana, nas praças desativadas para dar mais segurança. Quem trafega na BR-369 sentido Londrina só tem uma pista na altura do pedágio desativado em Jataizinho. Já no sentido Norte Pioneiro/Estado de São Paulo são duas pistas nas laterais abertas.
Na altura da praça de pedágio que era administrada pela Triunfo/Econorte trabalhadores permaneciam na pista central fazendo uma obra de uma mureta de divisória para demarcar as duas pistas livres. Por enquanto, a divisão é feita por cones. O muro que fará a divisória terá extensão de 85 metros antes de cada um dos lados do pedágio para organizar o fluxo.
As únicas rodovias que continuarão recebendo o atendimento das concessionárias são as da Econorte e da Caminhos do Paraná, mesmo com o fim dos contratos. A exceção é consequência de um acordo firmado entre a empresa e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná), órgão do Governo do Paraná. No caso da Econorte, o trato foi feito em troca de um viaduto não entregue pela concessionária na cidade de Jacarezinho. (Norte Pioneiro)
Com isso, a Econorte continua realizando, nas rodovias que antes administrava, os serviços de guincho mecânico, de ambulâncias para atendimento pré-hospitalar, mantendo o centro de controle de operações e telefone para emergências 0800. Ao lado do pedágio de Jataizinho, a reportagem da FOLHA encontrou no posto de serviços uma ambulância e um carro médico, com os profissionais em prontidão, que disseram que nada mudou no contrato deles, por enquanto.
MOTORISTAS
Morador de Cornélio Procópío, o empresário Eliezer Farias de Paula comemorou o fim da cobrança. "De Cornélio a Londrina é um alívio porque você não tira R$ 26,40 do bolso e agora estou voltando, com economia de mais de R$ 50,00". Apesar do alívio no bolso, o empresário considera que o pedágio é importante para conservação da estrada e segurança dos usuários. "Sem pedágio não dá para ficar, o carro quebra e tem muita gente que não tem seguro e chamar o guincho seria inviável, eu mesmo não tenho. Eu acredito que precisamos disso no Paraná, um pedágio acessível igual estava não dá, é muito caro."
O caminhoneiro Paulo Sergio informou que pelo menos de duas a três vezes por semana cruzava a praça de Jataizinho, gastando acima de R$ 350,00 com pedágio para fazer os fretes semanais. "Melhorou um pouco está ajudando os caminhoneiros e motoristas dos municípios vizinhos ainda mais no atual estágio do preço dos combustíveis." Ele espera que o novo contrato seja firmado por um preço justo. "Do jeito que estava era muito injusto."
Proprietário de um posto de combustíveis que fica a poucos metros da praça de pedágio, Ivo Martins observou um aumento significativo do fluxo de veículos na rodovia, que poderá refletir nos negócios. "Ainda é cedo, mas já deu para notar neste primeiro dia aumento de veículos e evidentemente eles terão que abastecer em algum posto da região. Isso irá nos trazer uma rentabilidade nosso comércio" Ele disse esperar que o dinheiro que será economizado pelos motoristas com a interrupção no pedágio seja usado para completar o tanque. "É isso que a gente espera que possa acontecer colando mais combustível para poder rodar."